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Nutra InnovationEmpresas & NegóciosDona do álcool Zulu vai acelerar plano de expansão

Dona do álcool Zulu vai acelerar plano de expansão

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Sob novo comando, grupo estima faturar R$ 850 milhões este ano. Em 2019 foram R$ 500 milhões

O grupo MPR dono das marcas de álcool Coperalcool, Zulu e Zumbi, tem um novo comando e uma nova estratégia. José Vicente Marino, executivo que ajudou a vender a Avon para a Natura, assumiu nesta semana a presidência do grupo, que faturou R$ 500 milhões em 2019 e neste ano deve chegar a R$ 850 milhões.

O foco de Marino é acelerar esse crescimento. “Estamos estudando alguns caminhos: aquisições, IPO (oferta inicial de ações na bolsa), venda de uma fatia para um sócio estratégico ou continuarmos sozinhos”, disse o executivo ao Valor. O valor a ser investido na expansão depende do caminho escolhido.

Marino tem experiência em administrar fabricantes de bens de consumo final. Comandou as operações brasileiras da Avon, da Flora, da Johnson & Johnson, e também trabalhou na Natura como executivo-chefe de operações. Na MPR já atuava como membro do conselho de administração há mais de um ano. Sobre a possibilidade de ir à bolsa, Marino diz que já estão sendo feitas conversas com bancos que, mais adiante, poderiam organizar a operação.

O grupo MPR tem como acionistas a família Ferreira Soares, com 45% do capital, e o fundo de private equity Alothon, com 55%. O fundo controla o negócio desde o fim de 2015. “Mas não há pressa para a saída do fundo. Ele pode sair em até 12 anos”, disse Marino.

As vendas têm crescido de maneira expressiva devido à pandemia, que já dura sete meses no país e exige mais limpeza em casas, locais públicos e empresas. ”Geramos muito caixa neste ano”, disse, acrescentando que “a margem Ebtida também é alta, acima de 20%.”

Marino pretende ampliar o portfólio, com foco em produtos para o consumidor final. O varejo absorve 70% das vendas do grupo. Os 30% restantes são clientes corporativos como fabricantes de cosméticos, por exemplo.

O leque atual de produtos tem 150 itens – no início do ano eram 120 – e deve crescer mais nos próximos meses. A marca-mãe será a Coperalcool, dirigida às classes A e B. Zulu, marca de presença forte em São Paulo, e Zumbi têm preços mais populares.

Marino planeja centralizar o processo de produção no Estado de São Paulo, onde o grupo tem duas fábricas e uma destilaria. Há uma terceira fábrica no Paraná. A distribuição é feita por dois centros próprios, em São Paulo e Paraná. “Provavelmente, vamos para quatro, abrindo em Minas Gerais, para podermos ter acesso maior ao Centro-Oeste”, disse Marino. O grupo já é líder de mercado, acrescentou, com 50% das vendas de álcool no país. “Mas temos uma oportunidade de crescimento importante”.

Uma campanha de publicidade, que deve ir ao ar em um mês e meio, vai levar para pontos de venda, TV e internet a nova mensagem do grupo. Marino a resumiu: “O consumidor não precisa usar dois produtos para limpar a casa, um desinfetante feito com insumo petroquímico e depois o álcool para finalizar. Pode usar apenas álcool, que é vegetal, de origem sustentável”. O grupo compra álcool de usinas de cana de açúcar pertencentes a terceiros e faz a destilação em uma unidade própria, em Cordeirópolis (SP).

O grupo deverá manter os negócios divididos em três companhias – Companhia Nacional de Álcool (CNA), Álcool Ferreira (voltada ao mercado corporativo) e a Álcool da Ilha (comprada em 2017). Esta aquisição foi feita com o caixa da companhia. O grupo emprega 520 pessoas.

 

 

 

 

 

Fonte: Valor Econômico 07.08.2020 

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