A indústria química brasileira será líder em renováveis, diz Abiquim na COP-26
Ciro Marino, presidente-executivo da Abiquim afirmou que o Brasil tem um repertório robusto no que tange aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para compartilhar com a comunidade internacional e assegurar um trabalho de excelência no enfrentamento das mudanças climáticas.
O executivo ressaltou ainda que em poucos anos, a indústria química nacional será líder em renováveis. “Vamos redirecionando a tecnologia baseada no petróleo para a abertura e crescimento de outras alternativas renováveis. No quesito matérias-primas, nosso país será competitivo e imbatível para ajudar o mundo inteiro a melhorar sua condição de emissão de gases de efeito estufa.”
Marino falou sobre “A inovação e a química como soluções para o Desenvolvimento Sustentável”, no painel ‘Indústria e Inovação’ da agenda global da COP 26, evento transmitido em tempo real e realizado pelo Ministério do Meio Ambiente e pela Confederação Nacional da Indústria – CNI, no Espaço Brasil.
Ele explicou como a colaboração da química para a sustentabilidade é imprescindível em vários setores. “Cerca de 96% das indústrias dependem da química como fornecedora de insumos, matérias-primas, serviços e soluções”.
Dentro desse contexto, o presidente-executivo da Abiquim relacionou algumas contribuições como melhoria de processos – com catalizadores mais eficazes -; eficiência energética e energia renovável dando como exemplo o hidrogênio verde não somente como fonte de energia, mas também como matéria prima para uma série de outros produtos; abatimento de gases de efeito estufa e captura de carbono – destaque para algumas empresas associadas da Abiquim que já trabalham de forma complementar, ou seja, as emissões geradas por uma delas é reaproveitada como matéria-prima para outra -; e matérias-primas renováveis como a cana de açúcar que provê numerosos insumos, inclusive matéria prima para fabricação de plástico.
Ciro Marino fez um alerta sobre o alcance das metas ambientais para 2050. “Esse objetivo exigirá um alinhamento de todas as partes envolvidas: cientistas, governos, organismos multilaterais e a indústria. Vejo ainda muitos países com discursos interessantes, mas olhando apenas para seus contextos. O olhar deve ser global. Precisamos de diálogos globais – e a COP26 é um deles – e regionais permanentes, com compartilhamento de experiências e das melhores práticas para alcançarmos um progresso significativo nas questões climáticas”.
Fonte: Abiquim 16.11.2021
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