“Tudo surgiu com meu pai em 2004. Ele trabalhou 25 anos em uma multinacional de limpeza, e ao sair de lá decidiu empreender, abrindo uma fábrica de produtos de limpeza naturais voltada ao mercado institucional. Em 2012, fui trabalhar com ele e me encantei pelo setor, foi aí que a BIOZ Green surgiu em 2015 para atuar no varejo”, relata o administrador de empresas Bruno Cimino, que também informa que, desde 2019, sua empresa vem crescendo mais de 30% ao ano. Confira a entrevista exclusiva para o portal Household Innovation.
Quais produtos ou linhas de produtos a empresa comercializa e quais são carros-chefes de vendas?
Atualmente temos seis famílias de produtos, todos voltados à limpeza residencial, como detergentes, multiusos, lava roupas, amaciantes entre outros. Os carros chefes da empresa são os detergentes de lavar louças.
Você poderia falar um pouco sobre os diferenciais dos ingredientes utilizados nas formulações?
Todos nossos ingredientes são de base vegetal, não utilizamos petroquímicos ou matérias-primas tóxicas em nossas composições, fazendo assim um produto eficiente que não faz mal à saúde nem ao planeta.
Como atua a área de P&D da companhia? E a produção é própria ou terceirizada?
Temos um P&D interno e também a parceria com os fabricantes de matérias-primas. Estamos sempre atualizando e desenvolvendo novos itens. Nossa produção atualmente é própria, o que nos facilita em lançamentos e novos desenvolvimentos de itens.
Como é a estrutura física da Bioz?
Além da parte operacional, que consiste na fábrica, temos também veículo próprio, uma parte de marketing interno, vendas e o time de logística e separação.
De que forma os produtos são vendidos e distribuídos no Brasil?
Atualmente grande parte é feita diretamente por nós, mas também temos parceiros representantes e distribuidores ao redor do Brasil.
Quais são os pontos altos e diferenciais na atuação da companhia?
Além das formulações totalmente ecológicas, possuímos também a certificação ABNT, que atesta que tudo que dizemos quanto à sustentabilidade é verdade, bem como a certificação vegana SVB. Fomos os primeiros a obter tal certificação no segmento. Também temos a EuReciclo. Tudo isso mostra nossa transparência com nosso cliente, pois como diria meu pai “papel aceita tudo” e, quando temos o respaldo de certificações, sabemos que estamos sendo corretos.
Você pode fornecer indicadores do desempenho da empresa?
Desde 2019, crescemos de 30% a 40% por ano. Em 2022, estamos prevendo um crescimento na faixa de 32%. Pouco a pouco os consumidores têm prestado mais atenção a produtos sustentáveis. A maior dificuldade ainda está na abertura de novos clientes como supermercados, pois o giro desse segmento ainda é baixo, se comparado aos produtos tradicionais.
A empresa realizou investimentos recentemente? Em que áreas?
Esse ano o foco foi em lançamentos de produtos. A pandemia balançou muita coisa, não só na economia, como em nossa empresa, e optamos por refazer embalagens e até algumas formulações, além dos lançamentos.
A empresa planeja realizar investimentos? Em que áreas?
Para 2023, a ideia é manter o plano de lançar novos produtos associado a novos canais de venda. Acreditamos que a economia irá melhorar e assim poderemos ampliar a distribuição.
Muitas empresas que atuam no setor de home care, estão ampliando sua atuação também para personal care? Isso seria viável para a Bioz?
Nos Estados Unidos, isso é muito comum. No Brasil, geralmente as marcas são segregadas. Não costumamos ver um shampoo na mesma marca de detergente, ou um lava-roupas na mesma marca de uma maquiagem, mas sim, pensamos em ampliar a linha para personal em um futuro próximo.
Quais suas perspectivas para o mercado de produtos de limpeza no Brasil, em especial, para os produtos de limpeza sustentáveis?
O setor de limpeza vem crescendo ano a ano, o que é bom. O problema é que desde 2020 o poder de compra das pessoas vem caindo. Como os produtos de limpeza sustentáveis são mais caros, essa conta não fecha. O grande desafio é oferecer um produto natural com um preço acessível. Eu enxergo o setor com bons olhos, mas sofremos com a falta de incentivo para insumos, como embalagens recicladas, matérias-primas vegetais, entre outros.
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