Com foco na produção de whey protein e lactose em pó, a unidade também aposta em práticas sustentáveis e integra a fabricação de produtos lácteos, gerando 250 empregos na região.
O Grupo Piracanjuba irá estabelecer uma nova unidade industrial em São Jorge d’Oeste (PR), com o apoio de um investimento de R$ 499 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A nova fábrica terá capacidade para processar até 1,2 milhão de litros de leite por dia.
A principal linha de produção da unidade será focada na fabricação de concentrados e isolados proteicos, mais conhecidos como whey protein. A lactose em pó também será uma das apostas da empresa.
“A nova unidade contará com tecnologia de ponta, com equipamentos modernos e alta capacidade, garantindo a padronização e qualidade dos produtos”, comenta Luiz Claudio Lorenzo, presidente da empresa.
Os recursos são provenientes do programa BNDES Mais Inovação (R$ 277 milhões) e da linha Incentivada B (FINEM) (R$ 222 milhões), totalizando R$ 612 milhões, considerando os investimentos internos.
“A construção da unidade gerará 250 novos empregos diretos na região, impactando positivamente a renda das famílias locais”, afirma Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.
A previsão é que, com as duas linhas de produção, a fábrica consiga produzir 6 mil toneladas de suplementos proteicos por ano e 14,8 mil toneladas de lactose em pó.
Grupo Piracanjuba investe em descarbonização
Na mesma unidade no Paraná, a Piracanjuba também fabricará queijo muçarela e manteiga. Como o soro do leite é um subproduto desse processo, a empresa não precisará transportar a matéria-prima para outra unidade para produzir o whey protein e a lactose em pó, o que contribui para a redução de emissões de carbono. Esta será a primeira vez que uma empresa do setor adota uma planta fabril integrada.
Mercado de derivados do soro de leite tem grande potencial
Tanto o whey protein quanto a lactose em pó possuem diversas aplicações, que vão desde a nutrição até produtos farmacêuticos e cosméticos. Apesar de sua versatilidade, a produção nacional desses itens ainda é pequena.
De acordo com dados do Sistema PGA SIGSIF, do Ministério da Agricultura e Pecuária e do COMEXSTAT – MDIC, apenas 15% do mercado é atendido por produtos fabricados no Brasil.
Piracanjuba já havia anunciado investimento para expansão
Em novembro passado, o Grupo Piracanjuba anunciou um investimento de R$ 93 milhões para expandir suas operações. Esse projeto inclui a reforma de instalações e a construção de um centro de distribuição.
A principal área do plano de expansão é a ampliação da unidade de Araraquara (SP). A reforma impactará a caldeira de biomassa e a Estação de Tratamento de Efluentes (ETE). Já o centro de distribuição será construído com capacidade para 11 mil posições de pallets.
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