The Rice Creamery aposta em textura única, redução de açúcar e menor impacto ambiental, enquanto empresa avança em tecnologia de proteínas cultivadas em arroz
A Kinish, foodtech japonesa, apresentou sua nova marca The Rice Creamery, um sorvete vegano que substitui laticínios por arroz e já está disponível em pontos de venda como a Tokyu Store (bairro Toritsu-Daigaku) e no e-commerce da Seijo Ishii. Ainda em 2025, a linha deve estrear nos Estados Unidos, começando por Washington, DC.
Com 60% menos açúcar que a média do mercado japonês e 62% menos emissões de gases de efeito estufa, a novidade dialoga com consumidores atentos à saúde e à sustentabilidade. O portfólio inicial traz três sabores: Honoka (arroz com castanha de caju), Master’s Uji Matcha (em parceria com a Hotta Katsutaro Shoten) e Elegant Dutch Chocolate, inspirado na introdução do chocolate no Japão pelos holandeses. O preço sugerido é de ¥347 (US$ 2,35).
A proposta não busca imitar o leite, mas sim valorizar a doçura natural e a textura das variedades japonesas de arroz, curtas, arredondadas e levemente pegajosas — atributos que conferem cremosidade e perfil sensorial distinto. Testes de degustação prévios apontaram o produto como “surpreendentemente delicioso” e “rico em sabor, mas leve no final”.
Estratégia além do sorvete
O lançamento abre uma nova frente de receita para a Kinish e fortalece seu investimento em molecular farming — técnica que usa plantas geneticamente modificadas para produzir proteínas animais. Em parceria com a Universidade de Shizuoka, a empresa desenvolve arroz anão capaz de cultivar caseína, proteína central do leite, com potencial para ser aplicada em queijos e outros derivados veganos.
A tecnologia promete menor uso de terra e água, colheita acelerada e menor impacto climático em comparação à pecuária. A meta da Kinish é combinar a caseína com o amido de arroz para criar alternativas que reproduzam textura e sabor dos laticínios convencionais.
“Nosso objetivo é explorar ao máximo o potencial do arroz e da nossa tecnologia para criar alternativas inéditas aos laticínios”, afirma Hiroya Hashizume, fundador e CEO da Kinish.
A startup integra um grupo global que aposta no molecular farming para proteínas alternativas, ao lado de nomes como Alpine Bio, Mozza, Miruku, Veloz Bio e Finally Foods, enquanto concorrentes como New Culture e Fermify exploram a fermentação de precisão.
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