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Nutra InnovationÚltimas notícias Portal Nutra Innovation

Cif Limpadores amplia portfólio e lança Multiuso

Nova fórmula sem enxágue oferece máxima limpeza e brilho

A marca de limpadores Cif, da Unilever, lança neste mês mais um produto para sua linha de ultrarrápidos: Cif Multiuso Ultra Rápido. A novidade conta com fórmula sem enxágue, garantindo o máximo de brilho e limpeza para as superfícies.

Especialmente desenvolvido para facilitar a rotina doméstica, o novo Cif Multiuso remove as sujeiras do dia a dia de maneira eficiente e prática, sem precisar utilizar um pano úmido no final.

“Decidimos investir mais uma vez e expandir a marca Cif para novas categorias, pois, identificamos uma demanda de consumidores por este tipo de produto. Queremos ter um portfólio cada vez mais completo, com soluções de limpeza que atendam às necessidades dos diversos tipos de públicos, perfis e bolsos, e que deixem a casa de nossos consumidores sempre bonita.” afirma Maria Eugênia Ribeiro, gerente de marketing de Cif.

O novo Cif Multiuso Ultra Rápido estará disponível em todo o mercado, na versão com 500ml.

Amway inicia a produção local de L.O.C Multiuso

A Amway (www.amway.com.br), inicia a produção local do limpador L.O.C Multiuso. Em parceria com a empresa Colep, localizada em Jundiaí, a empresa irá produzir 600 mil litros ao final de 12 meses.

Para manter o padrão de qualidade do produto, o parceiro foi submetido a um rigoroso processo de seleção, qualificação e aprovação, seguindo todos os critérios estabelecidos pela matriz da Amway nos EUA. Também, por ser um produto da marca global Amway Home, o projeto de transferência de tecnologia contou com o apoio de membros da Amway Global, incluindo o formulador do L.O.C Multiuso da matriz da Amway.

“O L.O.C Multiuso foi o primeiro produto comercializado pela Amway no Brasil, em 1991. Por ser até hoje um dos itens mais vendidos pelos nossos empresários, estamos apostando na produção local, o que mostra o comprometimento de longo prazo da Amway com o Brasil”, revela Rossana Sadir, presidente da Amway do Brasil.

O Amway L.O.C Multiuso é um limpador concentrado para todo tipo de superfície lavável. Dermatologicamente testado, sua fórmula biodegradável deixa a casa brilhante, respeitando o meio ambiente. Pode ser usado em qualquer superfície lavável, para remover com eficiência o acúmulo da sujeira mais resistente. O Amway L.O.C Multiuso economiza espaço com a sua embalagem de fórmula concentrada e rende até 166 litros.

A produção local de L.O.C Multiuso faz parte do plano de investimento de US$ 150 milhões que serão aportados no Brasil até 2019. Até o fim do ano, a ideia é ampliar o pacote de produção com até três novos itens.

Limppano lança seis novos produtos

A Limppano apresenta ao mercado varejista seis novos produtos que garantem ainda mais praticidade ao dia a dia do consumidor. Na Linha Inspira, que consolida a marca como uma das líderes no segmento, a Limppano traz Evita Mofo para closet, gel perfumado para pequenos ambientes, bloco para caixa acoplada e pedra perfumada com rede protetora, que completa seu portfólio de limpadores sanitários.

São quatro aromas neste produto: Campos de Lavanda, Pinho, Flores do Campo e Cloro. Já a Pastilha Limpeza Ativa Power agora virá na versão em bloco para uso em caixas acopladas dos vasos sanitários. Com fragrância de cloro e mais sensação de limpeza, tem ação branqueadora e espuma limpante.

Mais lançamentos

A grande novidade é o Suipy Mop Attract, sistema de limpeza com panos que tem função eletrostática que atua como imã para reter a poeira em todo tipo de piso. O produto foi criado para substituir a vassoura e o pano comum e poderá ser vendido no conjunto completo ou em embalagem refil.

Feito especialmente para o armário, o Evita Mofo absorve até 400 ml de umidade, protegendo roupas e objetos contra mofo e mau cheiro. Preso em um cabide, o produto tem dois perfumes: Memórias de Infância e Floral Envolvente, já a versão Natural é sem perfume.

Há ainda a embalagem com cinco unidades de Toalex – os panos reutilizáveis e com absorção imediata –, e o gel perfumado Inspira Air, que será relançado em nova embalagem.

Noviça traz tecnologia Multiuso DUO em seus produtos

Um novo conceito em vassouras é o que a Noviça, líder desta categoria, desenvolveu para os consumidores em 2018.

Aproveitando o excelente momento do mercado, que de 2016 para 2017 apresentou crescimento de 10%, com mais de 10 milhões de unidades vendidas em todo o Brasil (Nielsen/2017), a marca renova sua linha e apresenta uma solução inédita no país: a Tecnologia Multiuso DUO. Pioneira, a nova técnica de fabricação permite combinar em um só produto dois tipos de cerdas, oferecendo uma verdadeira solução multiuso para os lares brasileiros. A novidade consolida o viés de inovação da marca e guia as estratégias de Noviça para manter a liderança de mercado nos próximos anos.

Tecnologia + inovação + design

Tecnologia, inovação e design foram os pilares para a criação da Tecnologia Multiuso DUO. Foram cinco anos de pesquisa e desenvolvimento para apresentar ao consumidor uma solução verdadeiramente multiuso. O resultado é uma linha de vassouras com mais robustez, resistência, beleza e funcionalidade.  Combinando dois tipos de cerdas, macias e firmes, as vassouras com Tecnologia Multiuso DUO têm plumagem densa e podem ser usadas tanto nos ambientes internos como nos externos, incluindo a varrição de tapetes. “É um lançamento inédito no mercado brasileiro. Com o desenvolvimento dessa tecnologia, estamos apresentando aos consumidores a verdadeira vassoura multiuso”, ressalta Aguinaldo Fantinelli, diretor geral da Bettanin.

As cerdas mais firmes auxiliam na varrição de tapetes e locais externos, com sujeira incrustada, já as cerdas macias são eficientes para varrer pelos, pós e farelos dos ambientes internos devido ao toque suave da plumagem densa que remove até as sujeiras mais finas. A nova tecnologia está presente em três modelos da linha 2018 da marca: Noviça Ideal Cantos Certa, Noviça Max e Noviça Original, vassoura mais vendida no Brasil em 2017 segundo levantamento da Nielsen.

Além dos dois tipos de cerdas, a nova linha de produtos Noviça traz a exclusiva Tecnologia Max Protect, em que o cabo é produzido em aço com revestimento hermeticamente fechado, trazendo ultra proteção contra quebra e oxidação, e oferecendo maior durabilidade ao produto.

Renovação da marca e de toda a linha

Toda a linha de vassouras Noviça passou por renovação, seja em apresentação, seja em eficiência. Com consumidores tão heterogêneos, a proposta da marca é oferecer uma vassoura para cada canto da casa, além das opções multiuso. Ao todo, são nove modelos de vassouras. A marca também inovou em design com a criação de inéditas combinações de texturas e cores.

URCA lança Amaciante com fragrância de Coco

A líder na categoria de lava roupas líquidas de coco, a marca URCA da Gtex Brasil, acaba de lançar um amaciante que traz ao mercado um novo perfume: a fragrância de Coco, com perfumação prolongada.

O produto tem fórmula hipoalergênica e é testado dermatologicamente. O público notará ainda, na embalagem a modernização do logo. “A marca URCA é líder e especialista na categoria de produtos de coco, inovar dessa forma mostra para os nossos consumidores e para o trade, que estamos em constantes pesquisas, buscando satisfazer cada vez mais o desejo dos nossos consumidores. Proporcionando o novo para uma gondola tão disputada”, explica João Gandolfi, Gerente de Marketing da Gtex Brasil.

Ypê lança novos Lava-louças

Ampliando o portfólio da marca, a Ypê acaba de lançar duas inovações em seus produtos para o mercado.

O lava-louças Ypê Clear Care Toque Suave, que promete promover a sensação de suavidade na pele, e o lava-louças Ypê Capim-Limão com Controle de Odor, que apresenta uma nova tecnologia que controla os odores das louças, utensílios, dentre outros. “Estudamos muito os nossos consumidores e entendemos que esses são benefícios importantes para eles. Mais do que duas novidades, esses produtos apresentam uma nova geração do lava-louças Ypê para o consumidor ” afirma Eloisa Forte, Gerente de Marketing da Ypê.

O lava-louças Ypê Clear Care Toque Suave foi desenvolvido especialmente para proporcionar a sensação de suavidade à pele das mãos após o seu uso. “Ouvimos dos consumidores que existia a oportunidade de desenvolver um produto que além do cuidado com a louça também se preocupasse com a suavidade da pele” salienta Gabriella Bassi, Gerente de Marketing da Ypê, na Categoria Cozinha e Pia.

O lançamento do lava-louças Ypê Capim-Limão Controle de Odor, conta com uma nova tecnologia no controle do mau cheiro na limpeza das louças. “Os brasileiros criam soluções caseiras para ajudar a controlar o odor das louças sujas, o que pode trazer riscos desnecessários. A Ypê apostou em mais um atributo reconhecido no mercado internacional e muito desejado pelo consumidor brasileiro” afirma Gabriella Bassi, Gerente de Marketing da Ypê, na Categoria Cozinha e Pia.

O lançamento dessa nova geração de lava-louças contará com forte campanha de comunicação, que inclui filmes, mídia impressa, mídia digital, ativação e redes sociais, com foco em apresentar os novos benefícios e reforçar o seu alto rendimento. “O lava-louças Ypê é líder absoluto nos lares de todo o Brasil e nacionalmente reconhecido pelo seu rendimento. A Ypê, marca de confiança que está na lembrança e no coração dos consumidores, continua trazendo novidades e sempre mantendo sua equação de valor e performance” afirma Cabral, Vice-Presidente de Marketing da Ypê.

URCA relança sua linha de sabão em pó

O mercado brasileiro de sabão em pó movimenta anualmente, cerca de R$ 1 bilhão segundo dados da Kantar, e com um crescimento de 8%, em relação a 2016, a categoria, que é uma das três principais dentro do segmento de higiene e limpeza, ganha um destaque positivo perante ao comércio.

Pensando nessa categoria crescente, a linha URCA, acaba de lançar a nova embalagem de seu sabão em pó, revelando um novo conceito para o produto, com elementos mais modernos e inovadores para a marca, e o destaque no uso para limpeza de roupas brancas e coloridas.

Uma das principais novidades é o logo maior e mais destacado, reforçando a cor azul da embalagem, dando um melhor contraste com o vermelho do logo e adicionando um símbolo que representa modernidade, inovação e qualidade do produto. O que indica a utilização em todos os tipos de lavanderias e residências.

A nova linha do sabão URCA também tem inovações na composição do produto, sua nova fórmula não deixa resíduos e traz perfumação suave. Indicado para as lavagens das roupas de toda a família. Além disso a embalagem tem o selo de não fazer teste de seus produtos em animais. “A reformulação da embalagem do sabão em pó Urca faz parte de um processo de valorização da marca. Queremos despertar a atenção do consumidor, atraindo não só os consumidores a conhecerem o nosso produto como o comércio também, unindo a tradição ao novo conceito de inovação e modernidade do varejo”, comenta João Gandolfi, Gerente de Marketing da Gtex Brasil.

FlashLimp e Euro Home querem ampliar participação no varejo mineiro

A economia ruim não intimidou a Sun Guider, marca brasileira detentora da FlashLimp – itens premium de design e ergonomia para limpeza doméstica – e Euro Home – utensílios domésticos de design e alta qualidade. Em apenas um ano, a empresa cresceu, em todo o Brasil, uma média de 150% com locais em que o crescimento se deu na ordem de impressionantes 2.000%. “Havia regiões em que atuávamos em pouquíssimos pontos de venda e, sendo assim, conseguimos abrir mercado e expandir muito, por isso, esse índice se apresentou. Mas, o importante é que, em mercados nos quais já atuávamos com consistência, o crescimento médio foi de 150%, muito bom para nossas marcas”, diz Pedro Henrique Rodrigues, Gerente de Produto.

Em Minas Gerais, a marca ainda pode crescer muito, conforme prevê Fernando Tadeu Nolli, Gerente Nacional de Vendas: “Trata-se de um estado em que nossa participação ainda não está completa, podemos explorar tanto a capital quanto o interior, em pequenos e grandes varejistas”.

Por isso, a empresa apostou em uma verdadeira ‘força-tarefa’ de ações, que envolveu os departamentos Comercial, de Marketing, Produtos, Importação e Inovação, para ampliar a linha de produtos, desenvolver novas embalagens, firmar parceria com fornecedores que ofereçam produtos diferenciados e abrir novos pontos de venda nas capitais e no interior, em grandes e pequenos varejistas. “A estratégia envolveu, também, colocar uma boa equipe de vendas na rua, que visitará inúmeros municípios, por meio de distribuidores locais ou da própria logística da Sun Guider”, informa Nolli.

Desta forma, a ideia é que o mercado mineiro seja trabalhado em todo o seu potencial, crescendo em 200% em vendas até o final de 2018, através de abertura de novos clientes, como Cash and Carry, já em negociação, e redes de supermercados locais e regionais, além de aumentar o mix dos clientes já cadastrados.

Pesquisa melhora enzima que degrada plástico

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Brasileiros participam de trabalho internacional para aumentar a capacidade da PETase de decompor o polietileno tereftalato (PET), utilizado em garrafas e responsável pela produção anual de milhões de toneladas de lixo (PETase é mostrada em azul com uma cadeia de PET (amarelo) ligada a seu sítio ativo, onde será degradado / imagem: Rodrigo Leandro Silveira )

De 4,8 a 12,7 bilhões de quilos de plástico são lançados anualmente nos oceanos. Mantida a tendência, a quantidade deverá decuplicar por volta de 2025. É o que revelou um estudo publicado na revista Science em 2015, com dados de 2010.

Um dos fatores que fazem com que os plásticos sejam tão utilizados é justamente aquele que mais contribui para sua ameaça ao meio ambiente: a resistência à degradação. Ao ser descartada, uma garrafa PET (polietileno tereftalato) pode permanecer no meio ambiente por 800 anos.

Com tudo isso, é fácil entender o grande interesse suscitado pela descoberta de uma enzima capaz de digerir o polietileno tereftalato. E a enzima, denominada PETase, acaba de ter sua capacidade de degradar o plástico incrementada. A novidade foi descrita em artigo publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America (PNAS).

Dois pesquisadores do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (IQ-Unicamp) participaram da pesquisa, em colaboração com pesquisadores do Reino Unido (University of Portsmouth) e dos Estados Unidos (National Renewable Energy Laboratory). São o pós-doutorando Rodrigo Leandro Silveira e seu supervisor, o professor titular e pró-reitor de Pesquisa da Unicamp Munir Salomão Skaf.

A participação foi apoiada pela FAPESP por meio de Bolsa de Pós-Doutorado e de Bolsa Estágio de Pesquisa no Exteriorconcedidas a Silveira e do Centro de Pesquisa em Engenharia e Ciências Computacionais, coordenado por Skaf e um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) mantidos pela Fundação.

“Usado principalmente na fabricação de garrafas de bebidas, o polietileno tereftalato é também muito empregado na confecção de roupas, tapetes e outros objetos. Em nossa pesquisa, caracterizamos a estrutura tridimensional da enzima capaz de digerir esse plástico, a engenheiramos, aumentando seu poder de degradação, e demonstramos que ela é também ativa em polietileno-2,5-furanodicarboxilato (PEF), um substituto do PET fabricado a partir de matérias-primas renováveis”, disse Silveira à Agência FAPESP.

O interesse pela PETase surgiu em 2016, quando um grupo de pesquisadores japoneses, tendo à frente Shosuke Yoshida, identificou uma nova espécie de bactéria, Ideonella sakaiensis, capaz de usar o polietileno tereftalato como fonte de carbono e energia – em outras palavras, capaz de se alimentar de PET. Trata-se, até hoje, do único organismo conhecido com essa capacidade. Ele, literalmente, cresce sobre o PET.

“Além de identificar a Ideonella sakaiensis, os japoneses descobriram que ela produzia duas enzimas que são secretadas para o meio ambiente. Uma das enzimas secretadas era justamente a PETase. Por ter certo grau de cristalinidade, o PET é um polímero muito difícil de ser degradado. Usamos tecnicamente o termo ‘recalcitrância’ para nomear a propriedade que certos polímeros muito empacotados possuem de resistir à degradação. O PET é um deles. Mas a PETase o ataca e o decompõe em pequenas unidades – o ácido mono(2-hidroxietil)tereftálico (MHET). As unidades de MHET são então convertidas em ácido tereftálico e absorvidas e metabolizadas pela bactéria”, disse Silveira.

Todos os seres vivos conhecidos utilizam biomoléculas para sobreviver. Todos menos a Ideonella sakaiensis, que consegue utilizar uma molécula sintética, fabricada pelo ser humano. Isso significa que tal bactéria é resultado de um processo evolutivo muito recente, ocorrido ao longo das últimas décadas. Ela conseguiu se adaptar a um polímero que foi desenvolvido no início dos anos 1940 e só começou a ser utilizado em escala industrial nos anos 1970. Para isso, a PETase é a peça-chave.

“A PETase faz a parte mais difícil, que é romper a estrutura cristalina e despolimerizar o PET em MHET. O trabalho da segunda enzima, que transforma MHET em ácido tereftálico, já é bem mais simples, uma vez que seu substrato é formado por monômeros aos quais a enzima tem fácil acesso por estarem dispersos no meio reacional. Por isso, os estudos se concentraram na PETase”, disse Silveira.

A etapa seguinte foi estudar detalhadamente a PETase e nisso consistiu a contribuição da nova pesquisa. “Nosso foco foi descobrir o que conferia à PETase a capacidade de fazer algo que as demais enzimas não eram capazes de fazer com muita eficiência. Para isso, o primeiro passo foi obter a estrutura tridimensional dessa proteína”, disse.

“Obter a estrutura tridimensional significa descobrir as coordenadas x, y e z de cada um dos milhares de átomos que constituem a macromolécula. Nossos colegas britânicos fizeram esse trabalho por meio de uma técnica bastante conhecida e utilizada, chamada difração de raio X. Eles se serviram de um laboratório muito parecido com o Sirius, que está sendo construído em Campinas”, explicou.

Enzima modificada se liga melhor ao polímero

Obtida a estrutura tridimensional, os pesquisadores começaram a comparar a PETase com proteínas aparentadas. A mais parecida é uma cutinase da bactéria Thermobifida fusca, que degrada a cutina, uma espécie de verniz natural que recobre as folhas das plantas. Certos microrganismos patogênicos utilizam cutinases para romper a barreira de cutina e se apropriar dos nutrientes presentes nas folhas.

“Verificamos que, na região da enzima onde ocorrem as reações químicas, o chamado ‘sítio ativo’, a PETase apresentava algumas diferenças em relação à cutinase. Ela possui um sítio ativo mais aberto. Por meio de simulações computacionais – e essa foi a parte em que mais contribuí –, pudemos estudar os movimentos moleculares da enzima. Enquanto a estrutura cristalográfica, obtida por difração de raio X, fornece informações estáticas, as simulações possibilitam ter informações dinâmicas, e descobrir o papel específico de cada aminoácido no processo de degradação do PET”, explicou o pesquisador do IQ-Unicamp.

A física dos movimentos da molécula resulta das atrações e repulsões eletrostáticas do enorme conjunto de átomos e da temperatura. As simulações computacionais permitiram entender melhor como a PETase se liga e interage com o PET.

“Descobrimos que a PETase e a cutinase têm dois aminoácidos diferentes no sítio ativo. Por meio de procedimentos de biologia molecular, produzimos então mutações na PETase, com o objetivo de transformá-la em cutinase”, disse Silveira.

“Se conseguíssemos fazer isso, mostraríamos por que a PETase é PETase, isto é, saberíamos quais são os componentes que lhe conferem a propriedade tão peculiar de degradar o PET. Mas, para nossa surpresa, ao tentar suprimir a atividade peculiar da PETase, isto é, ao tentar transformar a PETase em cutinase, produzimos uma PETase ainda mais ativa. Buscávamos reduzir a atividade e, em vez disso, a aumentamos”, disse.

Isso demandou novos estudos computacionais, para entender por que a PETase mutante era melhor do que PETase original. Com a modelagem e as simulações, foi possível perceber que as alterações produzidas na PETase favorecem o acoplamento da enzima com o substrato.

A enzima modificada se liga melhor ao polímero. Esse acoplamento depende de fatores geométricos, ou seja, do encaixe do tipo “chave e fechadura” entre as duas moléculas. Mas também de fatores termodinâmicos, ou seja, das interações entre os diversos componentes da enzima e do polímero. A maneira elegante de descrever isso é dizer que a PETase modificada apresenta “maior afinidade” pelo substrato.

Em termos de uma futura aplicação prática, de obter um ingrediente capaz de degradar toneladas de lixo plástico, o estudo foi um enorme sucesso. Mas a pergunta sobre o que faz a PETase ser uma PETase continua sem resposta.

“A cutinase possui os aminoácidos a e b. A PETase possui os aminoácidos x e y. Imaginamos que, trocando x e y por a e b, conseguiríamos transformar a PETase em cutinase. Em vez disso, produzimos uma PETase melhorada. Em outras palavras, não são os dois aminoácidos a explicação para o comportamento diferencial das duas enzimas. É outra coisa”, disse Silveira.

Evolução em curso

A cutinase é uma enzima antiga, enquanto a PETase é uma enzima moderna, resultante da pressão evolutiva que possibilitou à Ideonella sakaiensis se adaptar a um meio que contém apenas ou principalmente polietileno tereftalato como fonte de carbono e energia.

Dentre as muitas bactérias incapazes de utilizar esse polímero, alguma mutação gerou uma espécie que conseguiu fazê-lo. Essa bactéria começou a se reproduzir e crescer muito mais do que as outras porque tinha alimento à vontade. Com isso, ela se desenvolveu. Ao menos essa é a explicação fornecida pela teoria evolucionista padrão.

“O fato de termos conseguido uma enzima melhor fazendo uma pequena alteração sugere fortemente que essa evolução ainda não foi completada. Ainda há novas possibilidades evolutivas a serem compreendidas e exploradas, com vistas à obtenção de enzimas ainda mais eficientes. A PETase melhorada não é o fim do caminho. É apenas o começo”, disse Silveira.

Com vistas à aplicação, o próximo passo é passar da escala de laboratório para a industrial. Para isso, outros estudos, relacionados com engenharia de reatores, otimização dos processos e diminuição de custos serão necessários.

O artigo Characterization and engineering of a plastic-degrading aromatic polyesterase (doi: https://doi.org/10.1073/pnas.1718804115), de Harry P. Austin, Rodrigo L. Silveira, Munir S. Skaf e outros, está publicado em www.pnas.org/content/early/2018/04/16/1718804115.

Fonte: Agência FAPESP

IMCD Brasil amplia portfólio e fortalece presença na América do Sul

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Inibidor de mau odor e novos pigmentos são algumas das novidades da companhia para o mercado de Home Care e I&I

A IMCD Brasil segue adiante com a estratégia de fortalecer sua presença no mercado brasileiro, além de expandir sua atuação na América do Sul, com novas parcerias para ampliar a oferta de produtos, especialmente para o setor de Home Care e I&I.  O mais recente acordo de distribuição foi estabelecido no início do ano com a Innospec, que incrementou o portfólio da empresa com surfactantes, silicones, emulsificantes e solubilizantes.

“Entre as novidades, contamos também com especialidades da Akzo Nobel e o inibidor de mau odor do fabricante Schill, que tem se apresentado como um dos produtos mais completos para esta funcionalidade”, destaca Daniela Oliveira, gerente de negócios da IMCD Brasil.  No ano passado, a IMCD também fechou parceria para distribuir os produtos da Corbion, que conta com antimicrobianos, ácido láctico e lactatos. “Temos também uma ampla gama de pigmentos que ajudam a tornar os produtos muitos mais atrativos, com as cores que são tendências para o mercado de Home Care e I&I”.

Daniela ressalta que a IMCD já oferecia uma grande variedade de produtos para o mercado de Home Care e I&I, entre eles quaternários, pigmentos, tensoativos, co-surfactantes, silicones, modificadores reológicos, emulsificantes, solubilizantes, controladores de espumas, antibacterianos, conservantes e solventes


Centro de Excelência

Para apoiar os clientes e fornecedores, a IMCD criou seu Centro de Excelência Técnica na unidade de Diadema (SP), onde está instalado um laboratório de aplicação para oferecer apoio técnico para formulações, além de novas soluções e insights.

“Além disso, contamos com uma equipe de vendedores técnicos prontos para atender as necessidades de nossos clientes e mantê-los atualizados com as tendências de mercado nacionais e internacionais”, garante Daniela. “O monitoramento constante dos movimentos do mercado nos permite identificar novas oportunidades de crescimento e apoiar o desenvolvimento de formulações”.

Expansão

A empresa conta com dois armazéns: um na sede em Diadema e outro em Recife (PE), o que permite atender os clientes de todo o país. Para este ano, conforme adiantou a gerente, a IMCD quer reforçar sua presença na Região Sul, o que vai facilitar também o processo de expansão na América do Sul, também favorecido com o início da operação de pigmentos da BASF para Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, Peru, Bolívia e Paraguai. “Vamos aproveitar toda a estrutura para alavancar vendas e desenvolver negócios na região, sempre oferecendo as melhores soluções para nossos clientes”.

O cenário do setor de produtos de limpeza no Brasil, que é o quarto maior do mundo, ficando atrás somente dos Estados Unidos, China e Japão, segundo os institutos Euromonitor, Kantar e Nielsen, justificam a disposição da IMCD de reforçar seus investimentos no país. “O mercado de produtos de limpeza tende a crescer, com foco na compactação e concentração de produtos, trazendo novas tecnologias, com melhores aditivos, que economizem água em formulação e uso, diminuindo o tamanho das embalagens e reduzindo a emissão de CO2 durante o transporte, o que traz benefícios para o meio ambiente e para o consumidor. Sustentabilidade é fator chave para o setor”, afirma.

Mais de 40 países

O Grupo IMCD, sediado em Roterdã, Holanda, atua em distribuição de especialidades químicas e ingredientes alimentícios em mais de 40 países.

O ingresso no mercado brasileiro se deu em 2013, quando a companhia adquiriu a tradicional distribuidora Makeni Chemicals, com mais de 30 anos em distribuição de produtos químico. Em 2015, ampliou sua atuação ao adquirir a Selectchemie, maior distribuidora do mercado farmacêutico.

A IMCD Brasil atua nos mercados de Home Care e I&I, Personal Care, Farma, Coatings, Construção, Alimentos e Nutrição, Lubrificantes, Plásticos e outros setores.

Cientistas criam enzima que come garrafas de plástico

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Pesquisadores britânicos criaram uma enzima capaz de digerir alguns tipos de plásticos, podendo levar a reciclagem de milhões de toneladas de lixo plástico

As garrafas de plástico demoram séculos em se degradar, mas agora uma nova enzima criada por acaso em laboratório apresenta uma nova esperança para colocar fim a este problema, segundo um estudo publicado pela revista “PNAS”.

Um grupo de cientistas desenharam essa enzima que é capaz de digerir alguns plásticos contaminantes mais comuns, o que “proporciona uma solução potencial a um dos maiores problemas ambientais do mundo”, segundo um comunicado da Universidade de Portsmouth (o Reino Unido).

Esta descoberta, na qual colaborou também o Laboratório Nacional de Energia Renovável (NRLE) do Departamento de Energia dos Estados Unidos, pode levar a uma solução de reciclagem para milhões de toneladas de garrafas de plástico feitas de Poli(Tereftalato de Etileno) (PET).

A nova enzima é capaz de degradar, além disso, o polietileno-furanoato (PEF), um material bio-baseado no plástico que começa a ser usado em substituição às garrafas de cerveja de vidro.

Os professores John McGeehan, da Universidade de Portsmouth, e Gregg Beckham, do NREL, decifraram a estrutura cristalina da PETasa, uma enzima recentemente descoberta, e usaram essa informação obtida em 3D para compreender como funciona.

No entanto, durante esse processo, desenharam por acaso uma nova enzima que é ainda melhor que a PETasa (criada pela natureza) para degradar o plástico, explica a nota.

Os pesquisadores estão agora trabalhando para melhorar ainda mais a enzima para que possa ser usada de maneira industrial para degradar o plástico em um pouco tempo.

O uso do plástico se generalizou nos anos 60 e então “poucos podiam ter previsto” que grandes manchas deste material seriam vistas flutuando nos oceanos ou que seriam arrastadas a praias de todo o mundo”, disse McGeehan.

O professor lembrou que “todos podemos desempenhar um papel significativo” para fazer frente ao problema dos plásticos, especialmente a comunidade científica que deve usar “toda a tecnologia à disposição para desenvolver soluções reais”.

Os pesquisadores chegaram a essa descoberta enquanto examinavam a estrutura da Ideonella sakaiensis, uma enzima natural que acredita-se que evoluiu em uma fábrica de reciclagem de Japão, o que permitia a uma bactéria usar o plástico degradado como alimento.

O PET foi patenteado nos anos 40, por isso que não faz tantos anos que existe na natureza, assim o grupo de especialistas quis esclarecer como essa enzima tinha evoluído e se havia alguma forma de melhorá-la.

O objetivo era determinar sua estrutura, mas ao final e por acaso, os cientistas acabaram dando mais um passo ao desenhar uma enzima que é “inclusive melhor” a degradar plásticos de PET.

Embora a melhoria “seja modesta”, esta descoberta sugere que há margem para melhorar ainda mais essa enzima, chegando mais perto de uma solução de reciclagem para a montanha cada vez maior de resíduos plásticos”.

Fonte: Exame

Economia aquecida estimulará vendas de produtos de limpeza

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Empresas estão otimistas e apostam em itens de melhor custo-benefício, além de múltiplas utilidades, para conquistar o consumidor e ampliar a participação de mercado

O setor de produtos de limpeza está otimista para 2018. Diante da perspectiva de retomada da economia, as empresas apostam que o consumidor está mais disposto a experimentar e investir em produtos que privilegiam a praticidade e o custo-benefício.

O setor movimentou R$ 22 bilhões no ano passado, segundo dados da Euromonitor, e deve avançar para R$ 26,6 bilhões em 2022. “Estamos bastante animados diante da recuperação da economia brasileira”, afirma o diretor-geral da Limppano, Alex Buccheim. A indústria com sede no Rio de Janeiro registrou crescimento de 18% das vendas no primeiro trimestre deste ano e a meta para o ano é de um incremento de 17% sobre os R$ 160 milhões faturados no ano passado.

“Esse desempenho se deve, em parte, à disposição do varejo de estimular as vendas e levar produtos novos às gôndolas, mas também à apresentação dos itens ao consumidor de outra forma, com bom preço e soluções práticas”, avalia.

Segundo ele, nos últimos dois anos o consumidor se dispôs a experimentar outros produtos além das marcas que ele já está acostumado a comprar, o que abriu oportunidades para os concorrentes. “A crise nos obrigou a repensar produtos para oferecermos algo com uso otimizado, que entregue uma solução única ou o mais próximo disso.”

A Limppano espera concluir em 2019 a terceira fase de ampliação da unidade fabril localizada em Queimados, na Baixada Fluminense, com um investimento total de R$ 18 milhões.

A perspectiva também é positiva na avaliação da head de trade da Reckitt Benckiser – dona de marcas como Veja e Vanish –, Manoela Amando. Para ela, o brasileiro tem buscado mais qualidade depois da crise, o que fez com que as marcas da empresa não sofressem tanto no período. “O brasileiro não pode perder dinheiro, a compra tem que ser assertiva, por isso continuamos crescendo na crise”, garante.

As empresas do setor também passam por um processo de reorganização, uma vez que fábricas de matérias-primas nacionais fecharam as portas e os custos de itens como energia e mão de obra também aumentaram. “Acredito que algum reajuste de preços é inevitável diante desse cenário, assim como algum impacto no preço ao consumidor, mesmo que isso não ajude a ter aumento de vendas”, projetou Buccheim.

Marcas próprias

A crise também abriu terreno para as marcas próprias do setor, que devem continuar ganhando espaço na preferência do consumidor, mesmo com a melhora da economia. Conforme dados da Euromonitor, as vendas de produtos de limpeza de marca própria cresceram 4,5% no ano passado. “Observamos que este segmento vem crescendo independentemente da crise econômica”, afirmou ao DCI a gerente de marcas exclusivas do Grupo Pão de Açúcar (GPA), Carolina Redivo. “O cliente busca uma compra mais inteligente, que una qualidade e preço competitivo, e esse comportamento ocorre mesmo sem crise”, acrescentou.

O grupo tem no segmento a marca Qualitá e pretende lançar mais de 100 novos produtos de limpeza ao longo deste ano, o equivalente a 20% de tudo que será lançado por todas as marcas próprias do GPA.

Já no Walmart, as vendas do segmento cresceram mais de 60% no ano passado. “O portfólio de marcas próprias está saindo das categorias básicas para atender a um público cada vez mais amplo e exigente”, avalia a diretora de marcas próprias do Walmart, Alexandra Pulido.

Para ela, o crescimento também se deve ao reconhecimento da qualidade desses produtos pelos consumidores, mas principalmente ao quesito preços, que no caso da empresa chegam a ser 15% menores que os das marcas de referência. “Uma vez que o consumidor experimenta e constata a qualidade, ele passa a comprar pelo custo benefício.”

Fonte: DCI

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