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Nutra InnovationÚltimas notícias Portal Nutra Innovation

As empresas que estão movimentando o mercado de fragrâncias para casa

A Kline tem acompanhado o mercado de fragrâncias para casa desde 1996 através do estudo de inteligência competitiva e de mercado “Home Fragrances: U.S. Market Analysis and Opportunities”. Em nossa última edição do estudo, observamos que o mercado de fragrâncias para casa está sendo impulsionado por novos produtos, personalização, ingredientes naturais, a criação de novas empresas, e várias aquisições que ocorreram em 2016.

Um bom exemplo é a Newell Brands que oficialmente entrou no mercado, através da fusão com Jarden Corporation, que controla a Yankee Candle. A Newll Brands está trabalhando forte no crescimento do seu portfólio de fragrâncias para casa e já anunciou a compra da Smith Mountain Industries, um fornecedor de marcas que fez história no mercado, podendo ser comparado a WoodWick e a RibbonWick. A Thymes e a DPM Fragrance também se juntaram e criaram a CURiO, uma nova plataforma para comercializar produtos sob as principais marcas Aspen Bay Candles, Capri Blue e Thymes. Já as empresas The Carlyle Group e a Centre Lane Partners unem as suas forças para combinar as marcas PartyLite e Candy-lite sob a “proteção” da Luminex Home Decor & Fragrance.

Além das aquisições, alguns outros destaques importantes neste mercado são:

  1. A HoMedics entra no mercado com o lançamento de sua marca Ellia, com difusores e óleos essenciais que contêm propriedades calmantes e terapêuticas. Oferecendo mais de 20 aromas, a marca já está presente em varejistas-chave, como Bed Bath & Beyond e Walmart.

  2. A personalização é uma tendência para os produtos, criando um apelo mais atraente e único. Empresas como a Yankee Candle e Bath & Body Works promovem suas velas aromatizadas com a presença de monitores nas lojas, oferecendo aos consumidores personalizar as suas compras e presentes.

  3. O interesse dos consumidores em produtos fabricados com ingredientes naturais está aumentando em vários mercados e as empresas têm prestado atenção nesta tendência. Em 2015, Burt’s Bees lançou uma coleção de velas a base de soja. Em 2016, Gwyneth Paltrow lançou a sua primeira vela com a marca Goop, uma coleção de velas perfumadas com ingredientes naturais.

  4. As marcas de fragrâncias Diptyque, Jo Malone, Muji, Rituals e Sabon, que possuem suas próprias lojas, se beneficiam de uma variedade de artigos de luxo em todas as categorias de beleza, casa e presentes. Outro ponto importante é que todas essas lojas também aumentaram o seu número de lojas nos Estados Unidos em 2016.

Para saber mais sobre os fatores que estão impulsionando as compras de fragrâncias para casa e quais as marcas que estão se destacando no mercado, entre em contato com a Factor-Kline e converse com um dos nossos especialistas.

Homens brasileiros compartilham cada vez mais as tarefas de limpeza doméstica

Poeira e manchas são inimigos inevitáveis para os consumidores em todo o mundo. Então, não é de se surpreender que nós gastamos uma quantidade significativa de tempo tentando manter  nossas casas e roupas frescas e limpas. No entanto, enquanto a limpeza é uma prática comum em todo o mundo, uma estratégia única para fazê-la não funciona em todos os lugares. No nosso Estudo sobre Cuidados com o Lar, 32% dos entrevistados brasileiros dizem que limpam suas casas todos os dias e 38% lavam ao menos duas vezes suas roupas durante a semana, fazendo da limpeza uma atividade cotidiana.

Tanto latinos quanto brasileiros se preocupam mais com a limpeza do banheiro (86% vs. 88% da região) e da cozinha (84% vs. 85%) que com os outros espaços da casa, como o quarto e a sala. Para a limpeza básica, os brasileiros gostam mais de utilizar álcool (63%) e água e sabão (66%), assim como os latinos (76%). Quanto às ferramentas mais usadas pelos consumidores no Brasil na hora da faxina são elas a vassoura, a esponja e o pano.

QUEM LIMPA E QUEM COMPRA – O Brasil e a Venezuela são os países onde mais mulheres cuidam dos serviços domésticos, com 46%, três pontos acima da média regional (43). Mas isso não significa que os homens não ajudam, pelo contrário. O Brasil tem uma maior concentração de homens como responsáveis por limpar a casa (19% vs. 12% da região) e pelas compras de produtos de limpeza (24% vs. 17%). As tarefas domésticas também estão começando a ser mais compartilhadas entre as mulheres e os homens (22% vs. 30%). Com esta responsabilidade partilhada, estratégias de marketing devem ser projetadas para ambos os sexos, considerando o que mais pode chamar a atenção de todos.

ONDEM FAZEM AS COMPRAS E QUAIS SÃO OS MOTIVADORES – Varejistas modernos estão liderando em todas as regiões sendo o lugar favorito para comprar produtos de limpeza. Quase 8 em cada 10 (78%) brasileiros compram esses itens em grandes cadeias (vs. 81% da região), como supermercados ou hipermercados. Eles preferem fazer as compras nessas lojas maiores por encontrar os melhores preços (60%), os produtos que desejam (41%) e pelo sortimento deles (42%). A distribuição é o principal condutor da prova de testes de produtos e está correlacionada positivamente com o volume de produtos. Um ponto interessante a ressaltar no estudo é que, mesmo com uma porcentagem menos expressiva, os brasileiros compram mais em lojas pequenas do que a média da América Latina (38% vs. 31%).

O QUE OS CONSUMIDORES BUSCAM EM UM PRODUTO? – Na hora da compra, ao procurar um produto de limpeza, o brasileiro leva em consideração alguns benefícios. Em ordem de prioridade, ele vê se o item é multiuso (66%), desinfetante (60%), fácil de usar (59%) ou tem uma fragrância/aroma de seu agrado (57%). Já os latinos prezam mais por aqueles que sejam desinfetantes (66%) e tenham boa fragrância/aroma (62%). Entretanto, no momento da escolha do que vai de fato para o carrinho, os consumidores no Brasil e na América Latina vão pesar os produtos que ofereçam um melhor preço (78% vs. 73% da região) e que sejam eficazes (76 vs. 75%). Os produtos de limpeza devem ser eficazes, mas aqueles que combinam eficiência com características inovadoras oferecem uma solução ganha-ganha para os consumidores.

SOBRE A PESQUISA

O Estudo Global sobre Cuidados com o Lar foi realizado de 10 de agosto a 04 de setembro de 2015 e entrevistou mais de 30.000 consumidores online em 61 países na Ásia-Pacífico, Europa, América Latina, Oriente Médio/África e América do Norte. A amostra inclui usuNorte. é Internet que concordaram em participar desta pesquisa e tem quotas com base na idade e sexo para cada país. A amostra é ponderada para ser representativa dos consumidores com acesso à Internet por país.  Como a amostra se baseia nos consumidores que concordaram em participar, não é possível calcular estimativas teóricas de erros de amostragem. Entretanto, uma amostra probabilística de tamanho equivalente teria uma margem de erro de ±0,6%, globalmente. Esta pesquisa da Nielsen se baseia apenas no comportamento de entrevistados com acesso à Internet. As médias globais e regionais utilizadas neste relatório se baseiam em dados ponderados dos países. As taxas de penetração de Internet variam por país. A Nielsen utiliza um reporte padrorte padra apenas no comportão de Internet ou uma população de 10 milhões de internautas para que o país seja incluído na pesquisa.

O que está impulsionando o crescimento no mercado de lenços para limpeza industrial e institucional?

O mercado industrial e institucional de lenços para limpeza oferece oportunidades para que as empresas que desejam explorar este segmento promissor. Espera-se que todos os principais segmentos de uso final aumentem o consumo de lenços de limpeza, refletindo a necessidade dos produtos de limpeza que apresentem um diferencial, além de conservar limpas as instalações.

A facilidade do uso e a conveniência que os lenços oferecem aos usuários finais contribuirão para o crescimento futuro em todos os segmentos de uso final, principalmente para limpezas de uso geral. Os segmentos de uso final tais como instituições de saúde, estabelecimentos alimentícios, escolas e universidades continuarão a enfatizar a importância de manter as superfícies e as mãos limpas para minimizar os germes e as doenças (contagiosas) em suas instalações. Espera-se que os lenços para limpeza desempenhem um papel fundamental nesse objetivo.

Os fornecedores podem segmentar uma classe específica de produtos de limpeza ou aumentar a sua capacidade de mercado. Como exemplo: a marca Clorox é líder de mercado em todos os segmentos de uso final, e a empresa espera manter essa posição de liderança aumentando o número de usuários finais atendidos, oferecendo lenços de limpeza com diferenciais inovadores. Já as empresas como a Reckitt Benckiser Professional e a Kimberly-Clark Professional focam no mercado da Clorox, oferecendo ambas, produtos específicos para vários usuários finais, e muito embora sejam competidores menores, há expectativa de conquistar uma parte significativa do mercado de lenços de limpeza. As aquisições e fusões podem influenciar a dinâmica do mercado e as vendas da categoria. Alguns dos principais fornecedores, notavelmente fracos em produtos importantes no segmento podem optar, por exemplo, por procurar meios de aquisição de empresas com posições mais consolidadas nessas áreas.

Os clubes de compras, por exemplo o Sam´s Club, são canais intermediários importantes, pois diminuem os preços dos distribuidores em diversos produtos. E também vendem, principalmente para clientes menores. O canal não vai transformar a dinâmica do setor, mas poderá alterar as plataformas de entrega, crédito e serviço. As instalações industriais, as pequenas empresas, os outlets varejistas e as instalações recreativas tendem a comprar lenços de limpeza mais frequentemente de clubes de compras do que de qualquer outro canal de distribuição. Algumas dessas instalações provavelmente substituiriam os lenços de limpeza industriais por lenços de limpeza das marcas de preferência do consumidor, que não apenas servem suas necessidades imediatas de limpeza, mas custam menos também.

Além da preocupação quanto aos produtos serem eficazes e eficientes, a segurança é um fator observado pelos usuários finais e seus funcionários, bem como os seus hóspedes e visitantes. Os fornecedores podem também ajudar os clientes a resolver o oneroso custo do seguro de responsabilidade.

A consciência ambiental também é um tema importante na indústria, juntamente com a comercialização das linhas de produtos ambientais. Muitos usuários finais querem produtos verdes, mas a um preço justo.

Saiba mais sobre os últimos desenvolvimentos neste segmento crescente do mercado na segunda edição do estudo da Kline Industrial and Institutional Wipes USA: Market Analysis and Opportunities. Com base em uma pesquisa com mais de 500 usuários finais e mais de 40 entrevistas com fornecedores e distribuidores, este estudo fornece percepções sobre o mercado global, dados e análise do mercado de lenços de limpeza descartáveis industriais e institucionais. O estudo aborda tanto os lenços umedecidos quanto os secos utilizados para limpar, desinfetar, higienizar, tirar a poeira e manter a aparência geral de instalações comerciais, industriais e institucionais. Entre em contato com a Factor-Kline para obter mais informações.

Laura Mahecha, Industry Manager – Healthcare and Industrial & Institutional Cleaners

Fonte: Kline & Co.

Divisão química puxa resultado da Basf no 1º trimestre

A gigante alemã Basf relatou um aumento de 23% no lucro líquido do primeiro trimestre, para 1,71 bilhões de euros, na comparação anual.

As receitas aumentaram 19%, de janeiro a março, para 16,86 bilhões de euros, em relação ao mesmo período do ano anterior.

O resultado da companhia foi beneficiado pelo aumento das vendas em todas as áreas de negócio, com destaque para a divisão de químicos. O lucro líquido do período superou a expectativa dos analistas, que esperavam ganhos de 1,59 bilhão de euros analistas.

A Basf reiterou sua projeção para o ano inteiro, dizendo que permanece cautelosa devido a riscos macroeconômicos e políticos.

Para 2017, a empresa disse que espera um crescimento de vendas “considerável” de pelo menos 6%.

Fonte: Dow Jones Newswires

Colgate­-Palmolive reduz custos e obtém lucro no primeiro trimestre

A multinacional americana de consumo Colgate-Palmolive encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de US$ 570 milhões, alta de 7% em relação a um ano antes. Sem ampliar as vendas, a redução de custos impulsionou os ganhos da companhia.

A receita líquida somou US$ 3,76 bilhões de janeiro a março, estável sobre um ano antes. O volume vendido globalmente recuou 2%, mas os preços subiram em 2,5%. O câmbio teve efeito negativo de 0,5%.

“Claramente o primeiro trimestre foi desafiador e não atingiu nossas expectativas de crescimento das vendas orgânicas (excluídos efeitos cambiais), principalmente em razão de resultados mais fracos na América do Norte”, disse o presidente­ executivo Ian Cook. A receita orgânica cresceu 0,5%, puxada por mercados emergentes, onde avançou de 3%. A América do Norte puxou as vendas para baixo.

Na América Latina, região mais representativa para a Colgate, responsável por 25% de suas vendas, a receita líquida cresceu 9% no trimestre, para US$ 924 milhões. O volume ficou estável ante um ano antes, mas os preços subiram 7% e o câmbio teve impacto positivo de 2%. Segundo a companhia, o aumento de volumes no México, na região do Caribe e no Cone Sul foram ofuscados pela queda no Brasil.

A América do Norte, responsável por 20% das vendas da companhia, registrou queda de 5% das receitas, para US$ 760 milhões, refletindo a perda de mercado devido a uma transição de portfólio no negócio de cuidado para a casa, além de reduções de estoques de varejistas e a desaceleração da categoria.

As vendas recuaram 5% na Europa e 3% na Ásia­Pacífico, para US$ 558 milhões e US$ 720 milhões, respectivamente. Na região da África e Eurásia houve alta de 6,5%, para US$ 246 milhões.

Entre os pontos positivos do balanço, a margem bruta do grupo subiu de 59,8% para 60,3% em bases anuais. O lucro operacional somou US$ 885 milhões no trimestre, alta de 2%.

“Olhando adiante, a incerteza em mercados globais e a desaceleração de crescimento da categoria mundialmente permanecem desafiadores”, disse Cook em comentário que acompanha o balanço.

A empresa espera crescimento das vendas líquidas em um dígito baixo em 2017. As vendas orgânicas devem ficar “ligeiramente abaixo” do crescimento de 4% a 7% previsto anteriormente para 2017, devido ao início de ano fraco.

Fonte: Valor

Após resultado positivo em 6 anos, Bombril voltará fazer propagandas

É quase impossível falar no mercado de lãs de aço no Brasil sem mencionar a Bombril. A empresa ainda é de tamanha referência nesse mercado que o próprio nome da marca se confunde ao do produto. Esse domínio, no entanto, quase chegou ao fim.

A Bombril passou por grande reestruturação no ano passado após quase ir à falência. Entre as medidas adotadas pelos executivos para reverter o mal momento, entrou a opção de remover completamente anúncios da marca na TV, o que surpreendeu os consumidores.

As medidas adotadas deram certo, e a empresa passou de um prejuízo de quase R$ 400 milhões em 2015 para um lucro de R$ 60 milhões em 2016. Ainda é pouco em comparação à época em que a marca esteve no auge, mas o suficiente para comemoração.

De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, após o primeiro ano positivo de 6 com prejuízo, os anúncios voltarão. Eles entrarão no ar já a partir do segundo semestre desse ano.

Manual – Peticionamento Eletrônico de registro de produto saneante

Saneantes são substâncias ou preparações destinadas à aplicação em objetos, tecidos, superfícies inanimadas e ambientes, com a finalidade de limpeza, desinfecção, esterilização, sanitização, desodorização, odorização, desinfestação, desinfecção de água para o consumo humano e hortifrutícolas e no tratamento de água de piscinas.

De acordo com o art. 12 da Lei nº 6.360/76, nenhum produto de interesse à saúde, seja nacional ou importado, poderá ser industrializado, exposto à venda ou entregue ao consumo no mercado brasileiro antes de ser registrado no Ministério da Saúde/ANVISA.

Registro é o ato privativo da ANVISA, após avaliação e despacho concessivo de seu dirigente, destinado a comprovar o direito de fabricação e de importação  de produto submetido ao regime da Lei nº 6.360/76 e demais regulamentos específicos, com a indicação de nome, fabricante, procedência, finalidade e outros elementos que o caracterizem. O registro tem validade de cinco anos e poderá ser revalidado por períodos iguais e sucessivos, mantido o registro inicial, sendo que a revalidação deve ser requerida com antecedência máxima de doze meses e mínima de seis meses da data do vencimento do registro.

As empresas titulares de registro, fabricantes ou importadoras, têm a responsabilidade de garantir e zelar pela manutenção da qualidade, segurança e eficácia dos produtos até o consumidor final, para evitar riscos e efeitos adversos à saúde humana. A responsabilidade solidária de zelar pela qualidade, segurança e eficácia dos produtos e pelo consumo racional inclui os demais agentes que atuam desde a produção até o consumo. Além disso, a propaganda e a publicidade dos produtos e das marcas, por qualquer meio de comunicação, a rotulagem e a etiquetagem ficam sujeitas à ação de vigilância e à regulamentação específica da ANVISA para impedir a veiculação de informações inadequadas ou fraudulentas e práticas antiéticas de comercialização.

O registro do produto na ANVISA corresponde a uma sequência numérica composta por 13 dígitos, podendo ser utilizado os nove primeiros na rotulagem do produto e na consulta no sistema da ANVISA, dos quais o primeiro corresponde à área da ANVISA a que o produto está regulamentado, os quatro seguintes ao número de autorização de funcionamento da empresa – AFE, os próximos quatro representam a ordem crescente de registros concedidos para a mesma empresa, os três penúltimos só vão existir se o produto apresentar versões e o último dígito é um verificador inerente ao sistema eletrônico. Desta forma, cada registro concedido é representado por uma sequência numérica única.

Fonte: Anvisa

Manual de Testes de Eficácia em Produtos Desinfestantes

Seguindo a filosofia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – salvaguardar a saúde da população mediante o controle dos produtos e serviços sujeitos à vigilância sanitária e garantir que os mesmos sejam adequados aos fins propostos – é que este trabalho foi desenvolvido, em conjunto com representantes do setor regulado, comunidade científica e laboratórios habilitados pela Rede Brasileira de Laboratórios Analiticos em Saúde (Reblas), com o objetivo de preencher uma lacuna existente no país e no mundo: protocolos padronizados para avaliação da eficácia de produtos desinfestantes.

Se a segurança dos produtos advém do conhecimento de suas características toxicológicas, a comprovação da adequação para os fins propostos é feita por meio dos testes de eficácia. São considerados produtos desinfestantes aqueles cuja venda é feita diretamente ao consumidor ou a empresas especializadas e que se destinam à aplicação em domicílios e suas áreas comuns, no interior de instalações, em edifício públicos ou coletivo e seus ambientes afins, para o controle de insetos, roedores e outros vetores incômodos ou nocivos à saúde; incluem-se entre esses produtos, ainda, aqueles de venda livre para aplicação em jardins residenciais e plantas ornamentais (cultivadas sem fins lucrativos), a fim de controlar pragas e doenças, bem como aqueles destinados à revitalização e embelezamento das plantas. A evolução da regulamentação sanitária para os produtos desinfestantes culminou, em 1997, com a publicação das Portarias nº 321 e 322 (a primeira delas revogada pela Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 326, de 7 de dezembro de 2005), que passaram a ser as principais ferramentas para a concessão do registro e suas alterações para esse tipo de produto. Tais atribuições são competência da Gerência-Geral de Saneantes (GGSAN) da Anvisa.

Os testes de eficácia são definidos como aqueles executados em laboratório ou em campo, em condições padronizadas, com o fim de comprovar a capacidade dos produtos para o controle de pragas urbanas e de jardim. Até o momento da publicação da primeira revisão deste manual, o Brasil não possuía protocolos para testar estas categorias de produtos nem parâmetros para estabelecer variações dos resultados dos testes de um laboratório para outro, dificultando, assim, o estabelecimento de critérios para aceitação dos mesmos de acordo com as finalidades apregoadas para estes produtos.

 Fonte: Anvisa

Manual orienta empresas de saneantes sobre registro

Documento publicado pela Anvisa explica de forma detalhada como setor regulado deve fazer peticionamento eletrônico para o registro de saneantes

A Anvisa lançou o Manual do Usuário – Peticionamento Eletrônico de Saneantes, nesta terça-feira (27/9/16). O documento tem como objetivo orientar o setor regulado no momento de cadastrar um saneante na Agência. A publicação mostra detalhadamente os procedimentos, diretrizes e critérios para as empresas realizarem o peticionamento eletrônico de forma correta, a fim de obter o registro do produto.

O Manual produzido pela Gerência de Saneantes (Gesan), além de auxiliar o setor regulado, busca reduzir as dúvidas e os erros das instituições durante o peticionamento eletrônico. A Gesan verificou que os indeferimentos de produtos ocorrem principalmente pela falta de documentos no processo. Além disso, são feitas muitas demandas ao Serviço de Atendimento (SAT) por falta de conhecimento do método de peticionamento e notificações de exigência durante a análise do processo.

A outra inovação do Manual é sobre como o setor regulado deve solicitar a certidão e o certificado para exportar os produtos registrados. O documento apresenta também os canais de atendimento para tirar dúvidas, como Ouvidoria, Anvisa Atende, atendimento no parlatório e cópia de processos.

Facilidade e menor custo para as empresas

Os esclarecimentos presentes no documento permitem, também, que as empresas façam os peticionamentos, sem precisar terceirizar essa atividade, diminuindo, assim os custos de operação. Para que um saneante seja comercializado no Brasil, é necessário que seja cadastrado na Anvisa. Esses produtos são substâncias ou preparações destinadas à limpeza, esterilização, desodorização, entre outros.

As empresas que trabalham com saneantes têm a responsabilidade de garantir a qualidade, eficácia e segurança dos produtos até o consumidor final. O registro de produtos tem validade de cinco anos e pode ser revalidado por períodos iguais e sucessivos. A Anvisa lembra o setor regulado de que, ao fazer o procedimento, é necessário pedir o requerimento na Agência com antecedência. O prazo para solicitar a revalidação deve ser feito de doze a seis meses antes da data de vencimento do registro.

Pontos do Manual

Conheça alguns itens do Manual:

  • Requisitos para fabricar um produto saneante;
  • Procedimento de registro;
  • Peticionamento eletrônico;
  • Termo de responsabilidade;
  • Impressão de documento e protocolo;
  • Acompanhamento do processo.

Para ter acesso a todas as informações do Manual, clique aqui.

Fonte: Anvisa

Propriedades dos tensoativos: detergência

Por Ricardo Pedro
A essencial diferença entre um detergente e outros agentes tensoativos reside na habilidade que este possui de “arrastar” sujidades de uma superfície sólida, ou seja, na sua capacidade de detergência. A maior ou menor capacidade que um detergente possui de remover sujidades está intimamente ligada à umectância, redução da tensão superficial, poder de espuma, formação de agregados micelares e emulsões. A detergência é sem dúvida um fenômeno superficial e coloidal que reflete o comportamento físico-químico da matéria nas interfaces.

Processo de limpeza – A limpeza de um substrato sólido envolve a remoção de materiais estranhos indesejáveis da superfície. Neste caso, o termo detergência é restrito a sistemas tendo as seguintes características: (i) o processo de limpeza é conduzido em um meio líquido, (ii) a ação de limpeza é um resultado de interações interfaciais entre a sujeira, o substrato e o sistema solvente e (iii) o processo não é a solubilização da sujeira no solvente, embora este processo deva desempenhar seu papel, ainda que pequeno, na ação detergente geral. A importância dos sistemas de limpeza não aquosos (limpeza a seco) também atende aos requisitos mencionados, mas não é tratada neste artigo.

Na detergência, assim como em outros processos de importância tecnológica, a interação entre os substratos sólidos e os materiais dispersos ou dissolvidos é de fundamental importância. Os tensoativos, sendo uma classe de substâncias que se adsorvem preferencialmente em diversos tipos de interfaces devido a sua estrutura anfifílica, têm grande importância no processo de detergência. Na maioria dos processos de adsorção relacionados à detergência é a interação da porção hidrofóbica da molécula do tensoativo que produz a ação detergente. Tal adsorção altera as propriedades químicas, elétricas e mecânicas das várias interfaces e depende fortemente da natureza de cada componente. Na limpeza de materiais têxteis com tensoativos aniônicos, por exemplo, a adsorção do tensoativo na fibra e na sujeira introduz interações eletrostáticas repulsivas que tendem a reduzir a adesão ente a sujeira e a fibra, suspendendo a sujeira e evitando a sua redeposição. Com tensoativos não-iônicos o mecanismo é menos nítido.

Entretanto, a repulsão estérica entre camadas de tensoativos adsorvidas e a solubilização são de extrema importância. Uma vez que em água a maioria dos tipos de sujeira e fibras têxteis são negativamente carregadas, a adição de tensoativos catiônicos pode ter um efeito prejudicial na detergência. Em tais casos, a adsorção do tensoativo, usualmente, é o resultado de interações eletrostáticas específicas entre os grupos iônicos, levando à redução da carga negativa líquida e a uma separação ineficiente da sujeira ou mesmo sua redeposição. Somente em concentrações muito altas de tensoativos, onde a adsorção de multicamadas pode produzir a reversão de cargas, tais efeitos podem ser úteis na ação detergente. Após a remoção da sujeira, entretanto, a ação de materiais catiônicos adsorvidos pode ser bastante desejável, como evidenciado pela sua popularidade como amaciantes têxteis, adicionados normalmente no enxágüe.

Tipos de sujeiras – Em geral há dois tipos de sujeira encontrados na situações de detergência: materiais líquidos e oleosos e materiais sólidos particulados. As interações interfaciais de cada um destes com o substrato sólido são, usualmente, muito diferentes e os mecanismos de remoção de sujeira podem ser, correspondentemente, diferentes. As sujeiras sólidas podem consistir de proteínas, argilas, carbono (fuligem) de várias características de superfície, óxidos metálicos, etc. As sujeiras líquidas podem conter gorduras da pele (sebo), álcoois e ácidos graxos, óleos minerais e vegetais, óleos sintéticos e componentes líquidos de cremes e produtos cosméticos. Assim como para as sujeiras sólidas, as características das sujeiras líquidas podem variam muito e ainda não foi desenvolvida teoria única de detergência que permita uma generalização do processo, mesmo que haja algumas similaridades entre os dois tipos de sujeira.

A adesão de ambas as sujeiras sólida e líquida a substratos sólidos é o resultado de interações de Van der Waals. A adesão por interações eletrostáticas é muito menos importante, especialmente para os sistemas de sujeiras líquidas, mas pode se tornar importante em alguns sistemas de sujeiras sólidas. A adsorção devido a outras forças polares, tais como interações ácido-base ou ligações hidrogênio, é, também, usualmente, de menor importância. Entretanto, quando isto ocorre, o resultado pode ser uma maior dificuldade de remoção pelos processos de limpeza normais. Devido à adsorção de sujeira ser predominantemente através de interações de Van der Waals, os materiais não polares, tais como óleos hidrocarbônicos, podem ser especialmente difíceis de remover das superfícies hidrofóbicas, tais como poliésteres. As sujeiras hidrofílicas (argilas, ácidos graxos, etc.), por outro lado, podem ser mais difíceis de remover das superfícies hidrofílicas, tais como algodão. As forças mecânicas também podem inibir a ação de limpeza, especialmente em materiais fibrosos com particulados sólidos, devido ao aprisionamento da sujeira entre as fibras. É óbvio, então, que o processo de limpeza pode ser extremamente complexo e resultados ótimos são possíveis somente para sistemas extremamente definidos, sendo que o detergente universal parece fora do alcance tecnológico.

 

Referências bibliograficas

Meyers, D., Surfactant Science and Technology, 20th ed., VCH Publishers, Inc. New York (1988)
 Rosen, M. J., Surfactants and interfacial phenomena, John Wiley & Sons, New York 2nd ed. (1989)

Propriedades dos tensoativos: Reologia

Por Ricardo Pedro
Conforme mencionado em artigos anteriores, uma das características físicas mais importantes de um tensoativo é sua habilidade de formar micelas em um meio aquoso e sua habilidade de passar por transformações/formas físicas devido a sua concentração e estrutura molecular, entre outros fatores. Assim, em concentrações extremamente pequenas (abaixo da cmc) o tensoativo existe como moléculas discretas dissociadas em solução. Com o aumento da concentração formam-se micelas e com um aumento subseqüente o tensoativo se orienta em mesofases condensadas.

Quando presentes em xampus as mesofases levam a formulações de aspecto gelatinoso e muito viscoso, de pouca aceitação mercadológica.

A estrutura do tensoativo, assim como a natureza dos aditivos normalmente presentes em formulações de xampus, determinam sua viscosidade a uma dada concentração. Alquil sulfatos lineares, por exemplo, aumentam mais a viscosidade do xampu em comparação aos análogos ramificados devido a sua tendência de maior empacotamento e menor cmc, conduzindo à formação das fases isotrópicas micelares mais rapidamente. As mesmas explicações se aplicam aos efeitos de espessamento das alcanolamidas e amidobetaínas. As amidobetaínas por conterem cargas positivas diminuem a repulsão dos grupamentos aniônicos e levam um maior empacotamento.

A viscosidade pode também ser aumentada pelo uso de sal ou por um aumento na concentração do tensoativo, tais efeitos sendo maiores na presença de alcanolamidas e amidobetaínas. O excesso de sal pode, entretanto, levar a uma diminuição da viscosidade após atingir um máximo.

Uma explicação para o efeito do sal se deve à compressão da dupla camada elétrica existente entre duas superfícies micelares carregadas, o que leva à redução de sua carga efetiva e menores forças intermicelares repulsivas. A micela não mais restrita a sua forma esférica pode agora “crescer” e passar para uma forma cilíndrica pela inclusão de moléculas adicionais de monômeros. As esferas podem mover-se livremente devido à densidade de empacotamento reduzida, porém os cilindros têm um movimento lateral e translacional mais restrito, resultando em uma maior viscosidade.

Embora o mecanismo para o decréscimo de viscosidade com o aumento excessivo da concentração de sal não tenha ainda sido elucidado, conjectura-se que possa ser o resultado de um “impedimento” excessivo das micelas cilíndricas e, conseqüente separação de fases. Uma das fases contém alta concentração de tensoativo e a outra é aquosa e contém alta concentração de sal. Tal fato é embasado pelo aparecimento de turvação ou imediata separação, similar ao que ocorre no efeito de salting-out.

A figura abaixo apresenta uma curva de variação de viscosidade em função da concentração de sal, comumente conhecida como reserva de viscosidade.

Referências bibliograficas

Meyers, D., Surfactant Science and Technology, 20th ed., VCH Publishers, Inc. New York (1988)
 Meyers, D., Surfactant Science and Technology, 20th ed., VCH Publishers, Inc. New York (1988)

Propriedades dos tensoativos

Por Ricardo Pedro

As propriedades dos tensoativos (e, portanto, sua aplicação) dependem basicamente de sua estrutura química. A maior parte das propriedades dos tensoativos está relacionada a fenômenos de superfície, destacando-se a redução da tensão superficial ou interfacial, a detergência, a umectância ou molhabilidade, a formação, estabilização, quebra ou supressão de espuma, a emulsificação, entre outras. Em geral, a propriedade de caráter mais marcante dita a aplicação principal do tensoativo, que é, com isso, classificado como detergente, umectante, espumante, anti-espumante, estabilizante ou supressor de espuma, emulsionante, entre outros.

Redução da tensão superficial e interfacial
A tensão interfacial entre um líquido puro e seu vapor, ou entre dois líquidos imiscíveis ou parcialmente miscíveis, reflete as diferenças das forças de atração atuando nas moléculas da interface como um resultado das diferenças de densidade ou composições químicas das duas fases. A existência de fases condensadas, especialmente o estado líquido, é o resultado da atração de van der Waals entre as moléculas, na ausência de outros tipos de interações. Por simplicidade, considere-se um líquido cujas moléculas são rodeadas por um “campo de força” uniforme, de modo que a força resultante atuando em cada molécula seja nula. As moléculas localizadas na interface, ou próximas dela, por outro lado, experimentam um campo distorcido resultando em uma atração das moléculas da superfície pela solução. A força de atração desbalanceada, atuando nas moléculas da superfície, causa uma contração espontânea para formar, na ausência de gravidade, uma gota esférica.

Para facilitar o entendimento do conceito de tensão superficial de um líquido é conveniente defini-la como a força atuando tangencialmente em todos os pontos de uma superfície, cujo resultado líquido é a aparente formação de um filme superficial, o qual se contrai para confinar o líquido em uma forma de mínima área superficial. A interface entre dois líquidos imiscíveis pode ser vista de uma maneira similar, exceto que a presença de uma segunda fase líquida mais densa resulta em um menor desequilíbrio das forças atuantes nas moléculas do líquido da interface e, conseqüentemente, um menor valor para a tensão interfacial.

Os conceitos de tensão superficial ou interfacial dados anteriormente são simplistas no sentido de que implicam que a superfície ou a interface seja estática. Na realidade, há uma constante e, para líquidos e gases, rápida troca de moléculas entre a solução e regiões interfaciais e entre a fase líquida e a fase vapor. Assume-se que as moléculas deixam a região superficial ou interfacial à mesma velocidade com que chegam. Uma molécula de água a 25°C tem um tempo de residência médio de 3 µs ou menos na interface ar/água. Com tamanha mobilidade molecular é claro que a superfície de um líquido puro oferece pequena resistência às forças que podem atuar na mudança de sua forma, ou seja, há uma resistência elástica ou viscosa muito pequena para a deformação da superfície. Uma conseqüência física deste fato é que um líquido puro não sustenta uma espuma por mais de uma pequena fração de segundo. Uma situação similar existe para a interface líquido/líquido.

Devido à mobilidade das moléculas nas superfícies fluidas não é surpreendente que a temperatura tenha um efeito na tensão superficial de um sistema. À medida que a temperatura de um sistema aumenta, a tensão superficial de quase todos os líquidos decresce. Em temperaturas próximas à temperatura crítica do líquido as forças de coesão entre as moléculas se tornam muito pequenas, e a tensão superficial se aproxima de zero.
A tensão superficial da água a 20°C é aproximadamente 73 mN/m. Tecnicamente falando, um determinado composto químico é considerado como um tensoativo eficiente quando a 20°C e à concentração de 0,1% diminui a tensão superficial da água para, aproximadamente, 35 mN/m.

Existem vários métodos experimentais para a determinação da tensão superficial. A escolha do mais adequado depende da precisão desejada, disponibilidade do equipamento e condições experimentais. O mais simples e o mais utilizado é o chamado método do anel, onde se mede a força necessária para desprender um anel de platina da superfície ou interface através do braço de uma balança ou torção provocada em um fio, o que se constitui no tensiômetro de Du Noüy.

A tensão superficial é possivelmente uma das propriedades mais importantes usadas na caracterização dos tensoativos. Uma vez que a tensão de um líquido é determinada pela energia das moléculas na região da interface, o deslocamento destas moléculas por um soluto adsorvido nesta região irá afetar diretamente o valor medido. É a relação entre a estrutura química e a velocidade e grau de adsorção na interface ou superfície, sob determinadas condições, que diferencia os vários tipos de tensoativos e, com isso, determina sua utilização onde a redução da tensão superficial é importante. Pode-se dizer que a maioria das propriedades dos tensoativos depende de sua eficiência na redução da tensão superficial.

As características moleculares necessárias para um material atuar como tensoativo em solução aquosa têm sido extensamente discutidas na literatura. É útil, entretanto, reiterar as funções básicas dos grupos moleculares de maneira a entender seus efeitos na tensão superficial. O grupo hidrofílico impõe à molécula tensoativa a sua solubilidade em água em uma faixa de concentração que a torna útil para determinado propósito. O grupo hidrofóbico de um tensoativo tem duas funções primordiais: (i) conduz a propriedades de solubilidade que favorecem a adsorção do tensoativo preferencialmente nas interfaces e (ii) altera a energia de interação entre a interface do líquido e as moléculas do gás de contato. Cada uma destas funções está diretamente relacionada à natureza química do grupo hidrofóbico e, em alguns casos, do grupo hidrofílico.

Referências
Meyers, D., Surfactant Science and Technology, 20th ed., VCH Publishers, Inc. New York (1988)
Rosen, M. J., Surfactants and interfacial phenomena, John Wiley & Sons, New York 2nd ed. (1989)
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