Uso da capacidade no setor químico, em janeiro, tem melhor taxa desde 2018
Segundo a Abiquim, o uso da capacidade instalada na indústria brasileira chegou a 82% no primeiro mês de 2022
Com alguma melhora nos índices de produção e vendas internas de produtos químicos de uso industrial, o uso da capacidade instalada na indústria brasileira chegou a 82% em janeiro, a melhor taxa desde outubro de 2018 e a mais elevada para o primeiro mês do ano nos últimos quatro anos.
Na comparação com dezembro, houve alta de 0,38% na produção e de 2,5% nas vendas internas, informou nesta terça-feira (22) a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).
Ao mesmo tempo, o consumo aparente nacional (CAN), medido pela soma da produção com as importações menos as exportações, recuou 17,5% na mesma comparação, pressionado pela queda de quase 40% nos volumes importados.
Conforme a entidade, em janeiro, as importações de intermediários para fertilizantes caíram 50,7%.
Efeito do preço do petróleo
O índice de preços Abiquim-Fipe, por sua vez, registrou recuo de 0,56% em janeiro ante dezembro, e saltou 51,24% ante o mesmo mês de 2021, refletindo a valorização do petróleo e seu impacto no custo da nafta, principal matéria-prima petroquímica no país.
Em janeiro, informa a Abiquim, a tonelada de nafta custava US$ 772, com alta de 56% em dólares em relação a igual mês do ano passado. Frente a dezembro, em reais, a valorização foi de 8,7%.
O gás natural, que também representa um insumo importante para a indústria, segue em patamares elevados de preço no mercado local, sobretudo pela maior demanda para geração de energia elétrica.
“Olhando para o futuro, com o aumento da produção de óleo e de gás no Brasil, a indústria química tem a oportunidade de poder crescer e se desenvolver, desde que esses insumos possam ser acessados de forma competitiva”, diz, em nota, a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira.
Fonte: Valor 22.02.2022
Comments are closed.