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Nutra InnovationDestaques Internacional Plant BasedCientistas alemães criam adoçante 10.000 vezes mais doce que o açúcar

Cientistas alemães criam adoçante 10.000 vezes mais doce que o açúcar

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Pesquisadores alemães criam adoçante X3, 10.000 vezes mais doce que o açúcar, usando biotecnologia para reduzir calorias e atender às diretrizes da OMS

Pesquisadores alemães criam adoçante à base de proteína, 10.000 vezes mais doce que o açúcar, como parte do projeto NovelSweets. O projeto faz parte da iniciativa NovelSweets, que busca alternativas ao açúcar utilizando biotecnologia.

O trabalho conta com a colaboração de empresas como MetaX Institut für Diätetik e Candidum, com apoio do Ministério Federal Alemão de Alimentos e Agricultura. O objetivo é reduzir o teor de açúcar em alimentos industrializados, alinhando-se às diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda o consumo máximo de 25 gramas de açúcar por dia.

O adoçante, batizado de X3, é produzido a partir da brazzeína, uma proteína encontrada na planta africana Pentadiplandra brazzeana. Devido à dificuldade de extração natural, os cientistas usaram engenharia biotecnológica para otimizar a sequência proteica, tornando-a mais estável em diferentes condições de pH e temperatura. A fermentação microbiana é empregada para produzir o adoçante em escala, utilizando leveduras geneticamente modificadas.

Stefan Rasche, pesquisador do Fraunhofer IME, destacou que as melhorias na brazzeína também eliminaram efeitos indesejáveis, como sensações “ásperas” na garganta. “O X3 tem um gosto semelhante ao mel e proporciona uma experiência sensorial mais agradável, sem sabores residuais”, explicou.

Um grama de X3 equivale à doçura de 10 quilos de açúcar, permitindo uma significativa redução no conteúdo calórico de produtos adoçados. A cola, por exemplo, que contém cerca de 106 gramas de açúcar por litro, poderia ser adoçada com apenas alguns miligramas do substituto. Além disso, o X3 é isento de calorias, não eleva os níveis de glicose no sangue nem contribui para a cárie dentária.

O adoçante será inicialmente testado em bebidas, com a MetaX desenvolvendo produtos como pós de bebida de baixa proteína. Antes da comercialização, o processo de fabricação passará por ajustes e validações adicionais.

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