Consumidor descobriu novos produtos durante pandemia, diz Kimberly-Clark
Companhia doou 3 milhões em produtos para mais de 35 mil famílias entre maio e julho. Em valores, as doações somam mais de R$ 850 mil no Brasil
A pandemia de covid-19 fez disparar a venda de produtos de limpeza e higiene. Nos primeiros dias de isolamento social, em meados de março, houve uma corrida por papel higiênico que levou até a falta do produto em alguns pontos de venda.
“Essa demanda já entrou em uma curva normal. Porém, existem categorias de produtos que o consumidor não conhecia. Nessa pandemia, o consumidor começa a experimentar coisas mais práticas”, conta Claudio Vilardo, vice-presidente da Kimberly-Clark.
Em busca de praticidade, lenços umedecidos ganharam novas funções e os consumidores descobriram novos produtos da Kimberly-Clark, que tem no Brasil o seu quarto maior mercado consumidor no mundo.
Toalhas reutilizáveis para limpeza também caíram no gosto do consumidor brasileiro. “Tivemos crescimento de demanda próxima de três dígitos”, conta Vilardo.
O resultado da maior demanda é que os produtos começaram a ganhar mais espaço nas gôndolas dos supermercados e ficar mais “na vista” do consumidor.
“O Brasil continua sendo uma das prioridades da companhia para crescimento e inovação. Estamos atentos a todas as oportunidades”, diz Vilardo sobre a possibilidade de aproveitar o apetite do consumidor para trazer novos itens da multinacional ao mercado brasileiro.
Doações
A Kimberly-Clark mantém programas permanentes de doações e durante a pandemia renovou esforços nessa direção com a entrega de mais 3 milhões de seus produtos para mais de 35 mil famílias entre maio e julho. Em valores, as doações somam mais de R$ 850 mil.
Entre os produtos doados estão absorventes e protetores diários. A marca preparou uma cartilha educacional para ser distribuída para adolescentes e ofereceu consultas on-line e gratuitas com médicos ginecologistas da Cia. da Consulta, rede de clínicas independentes, para 2.500 garotas.
Ainda entre as doações durante a pandemia, mais de 3 mil famílias de 13 cidades das regiões Sudeste, Sul e Nordeste foram incluídas no programa Bolsa-Huggies para o recebimento de produtos da marca focada em bebês e crianças pequenas de maio a julho.
Para a seleção dos beneficiados das doações, a Kimberly-Clark contou com o auxílio de 12 entidades. “Tem toda uma curadoria para identificar as comunidades, famílias e cidades em necessidade”, conta Vilardo.
Em uma parceria com a secretaria de desenvolvimento do governo do Estado de São Paulo, a companhia distribuiu 611 mil produtos em junho e julho.
Além das ações institucionais, funcionários da Kimberly-Clark também realizaram ações voluntárias independentes para a doação de produtos de higiene para beneficiar pessoas atendidas por ONGs do entorno das fábricas. Como incentivo, a companhia dobrou o valor arrecadado.
Em escala global, a empresa doou US$ 8 milhões em produtos e dinheiro desde abril para auxiliar no combate à covid-19, incluindo US$ 2,5 milhões para programas da Unicef e US$ 2,5 milhões ao Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, uma rede humanitária global.
Adaptação ao home office
Vilardo conta que a rápida migração para o home office para adotar as medidas de isolamento social devido à pandemia não foi difícil para a empresa, que já permitia que seus funcionários trabalhassem de casa duas vezes por semana.
Com a quarentena – e a família inteira em casa -a companhia adotou algumas regras para tornar a jornada de trabalho menos estressante, como o espaçamento de pelo menos uma hora entre as reuniões e evitar esses encontros virtuais nas tardes de sextas-feiras.
Fonte: Valor Investe 28.07.2020
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