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P&G cresce 9% e eleva projeções

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Demanda por produtos de limpeza na pandemia permitiu que a empresa aumentasse preços sem perder volume de venda

A Procter & Gamble elevou suas previsões de vendas e de lucro para seu novo ano fiscal, iniciado em julho, após o boom no consumo de produtos limpeza doméstica ter se estendido neste trimestre, e diante da disposição dos consumidores de pagar mais por marcas conhecidas, apesar do desaquecimento da economia.

As mudanças de comportamento do consumidor durante a pandemia beneficiaram a P&G por muito tempo, mesmo depois da corrida para fazer estoques que se viu no início da quarentena em diversos países. Com isso, produtos como o papel-toalha Bounty, pelo sabão para roupas Ariel e o detergente Fairy ajudaram a gerar US$ 19,3 bilhões em vendas líquidas para a fabricante em seu primeiro trimestre fiscal, encerrado em setembro, 9% mais do que um ano atrás, em termos orgânicos (isto é, sem contar a influência de flutuações cambiais, aquisições e alienações).

Como passam mais tempo em casa, os consumidores estão lavando roupas e louça com mais frequência e usando mais papel higiênico. O coronavírus também aumentou a preocupação com a higiene, o que estimulou a demanda por produtos de limpeza.

O maior crescimento das vendas ocorreu na divisão de panos e produtos para limpeza e conservação da casa. O aumento geral foi de 30% e houve “crescimento de dois dígitos em todas as regiões”, disse o grupo americano ontem.

Alguns analistas questionaram por quanto tempo os consumidores continuarão dispostos a pagar mais pelas marcas da P&G, que tendem a ser mais caras que os produtos concorrentes. A empresa foi prejudicada na esteira da crise financeira de 2008, quando os consumidores mudaram para alternativas mais baratas.

Mas Jon Moeller, diretor financeiro da P&G, disse que, até este momento da pandemia, os consumidores se mostraram dispostos a pagar por marcas que eles “conhecem e em que confiam”.

“Não assistimos a mudanças para produtos mais baratos”, disse ele, acrescentando que os orçamentos das famílias ficaram liberados para despesas com produtos da P&G porque as famílias estão gastando menos em entretenimento, viagens e restaurantes.

Os dados trimestrais mostraram que a companhia conseguiu elevar ligeiramente os preços sem sacrificar o volume.

Diferentemente dos trimestres anteriores, as vendas orgânicas cresceram em cada uma das cinco principais divisões da P&G – inclusive na de cuidados pessoais, onde avançaram 6%.

As vendas desse segmento se mostraram fracas períodos anteriores da pandemia porque homens que não tinham necessidade de ir para o trabalho estavam se barbeando menos, mas a P&G afirmou que conseguiu neutralizar a tendência favorecendo a venda de outros produtos, como aparadores, depiladores e condicionadores de barba.

A expansão das vendas trimestrais representa uma aceleração em relação ao crescimento ano a ano de 6% registrado no trimestre anterior. É o mais recente sinal de que a P&G está revertendo uma tendência de vários anos na qual a empresa sofreu pressões competitivas de supermercados e de outras concorrentes estreantes.

A P&G elevou suas metas para o ano como um todo após ter gerado um lucro líquido de US$ 4,3 bilhões no trimestre, superior ao de US$ 3,6 bilhões computado no mesmo período do ano passado.

A empresa prevê que as vendas orgânicas aumentarão entre 4% e 5% em seu ano fiscal, um incremento maior do que a previsão anterior, entre 2% e 4%. Também previu que os ganhos por ação vão aumentar entre 4% e 9%.

 

 

 

 

 

Fonte: Valor Econômico 21.10.2020 

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