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Nutra InnovationDestaques Empresas & NegóciosCasal muda negócio e aposta na venda de produtos de limpeza na pandemia

Casal muda negócio e aposta na venda de produtos de limpeza na pandemia

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No início de 2020, Adriana Guiraldelli e Luiz Antônio Missio fundaram a Ecocamp, loja de materiais elétricos e hidráulicos; empresa precisou se transformar para continuar vendendo

Montar o próprio negócio foi a melhor ideia que o casal Adriana Guiraldelli e Luiz Antônio Missio poderia ter tido. Porém, para chegar ao ponto ideal, foi preciso ajustar o rumo do empreendimento. Luiz, que é aquele tipo “faz tudo”, prestava serviços para uma franquia de academias em Campinas. “O que precisar ele faz. A única coisa que não faz é manutenção nos equipamentos”, explica Adriana, que viu na atividade do marido a oportunidade de abrir uma loja para suprir a demanda de materiais que ele precisava para trabalhar.

“Surgiu a necessidade de ambos os lados, então em vez de comprar material fora eu tive a ideia de montar uma loja com produtos elétricos e hidráulicos. Nossa intenção era ter o material para atender os clientes e suprir a demanda dele”, conta Adriana. Nascia então, no início de 2020, a Ecocamp, voltada à venda de materiais elétricos e hidráulicos. O que ninguém contava era com a pandemia de Covid-19 em março do ano passado.

Adriana e Luiz mal tiveram tempo de ficar com as portas abertas para atender o público. Quando o comércio voltou a funcionar parcialmente, o casal retomou as atividades sem a identificação visual adequada no estabelecimento. Com isso, o público não sabia o que a loja oferecia.

Adriana conta que, pelo fato de o estabelecimento estar em frente a uma lotérica, ela começou a prestar serviços que passavam diferentes do que o negócio oferecia. “Quando retornamos as atividades, eu tirava xerox, fazia impressão e atualização de boletos. As pessoas passavam em frente e não entendiam o que era o meu negócio” relata.

Adriana começou a sondar os clientes para entender como o seu negócio poderia mudar e atender em meio à pandemia. Certo dia, ela recebeu uma ligação de um de seus fornecedores oferecendo um estoque de galões de álcool em gel, mas ela não tinha capital para investir. O irmão dela decidiu ajudar. “Custava R$ 4,5 mil e precisava pagar à vista, mas eu não tinha o dinheiro. Conversei com o Luiz e decidimos pegar o dinheiro com o meu irmão. Compramos todos os galões.”

Esses galões atendiam à demanda das academias para as quais Luiz prestava serviço e também passaram a ser vendidos na loja. Cada galão saía por R$ 80 e o valor investido se multiplicou com as vendas. Adriana percebeu uma brecha no mercado capaz de transformar seu negócio. A partir daí, a loja de mate- riais elétricos e hidráulicos começou a vender produtos de limpeza e, por ser classificado como essencial, pôde continuar funcionando normalmente na quarentena.

O negócio começou a ter ganhos rápidos, tanto que eles acabaram perdendo o controle das finanças. A compra de mais produtos para a loja, contratações e a mudança de local foram cruciais para o surgimento desse problema. Mas nesse “novo início” conturbado, um cliente da loja falou para ela dos programas do Sebrae-SP. “Um dos meus clientes, que percebeu minha dificuldade e meu desespero, explicou que o Sebrae estava com as consultorias e os cursos online. Na mesma semana, recebi o pessoal do Sebrae que estava organizando um projeto em Campinas; acabei sendo introduzida no projeto ALI (Agentes Locais de Inovação)”, diz Adriana.

A analista de negócios Sebrae-SP Williana de Souza Costa, do Escritório Regional de Campinas, conta que a empresa de Adriana e Luiz se adaptou e passou a ter ótimos resultados com a mudança. “Podemos dizer que é uma empresa que se abriu para o novo no cenário de pandemia. Procuraram o Sebrae para ter suporte e ajuda com os ganhos e a organização financeira”, detalha.

Depois de toda mudança, o sonho de Adriana e Luiz é expandir a Ecocamp. Segundo a empreendedora, os estudos já começaram e em pouco tempo outras unidades devem ser abertas. “Não esperávamos essa mudança, mas ela veio em boa hora. Hoje eu e o meu marido estamos estudando formas de franquear nosso negócio. Tivemos muita resiliência e acreditamos nesse novo modelo, o que foi essencial para dar certo”, completa.

 

 

 

 

Fonte: Revista P&GN 01.08.2021

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