CEO da Clorox mantém plano otimista para pós-pandemia
Um ano depois de apostar que o salto das vendas duraria muito além da pandemia, a diretora-presidente da Clorox, Linda Rendle, continua convencida na consolidação dessa tendência por uma série de razões, como o aumento dos casos de gripe e resfriado até a contínua transição para o trabalho remoto.
Os investidores, segundo ela, retornarão à medida que sua previsão for concretizada nos próximos meses. Por enquanto, permanecem decididamente céticos: a ação da empresa acumula baixa de 30% em relação a uma máxima atingida na pandemia há 15 meses.
“Estamos controlando o que podemos controlar”, disse Rendle, que assumiu o comando como CEO um mês após a ação da empresa atingir o recorde. “Para nós, é questão apenas de mostrar resultado trimestre após trimestre, mostrando a visão. E, se você olhar para os fundamentos aos quais nossa empresa está exposta, a companhia continuou a se sair bem”, disse em entrevista na terça-feira em Nova York.
Embora seja bem conhecida por lenços desinfetantes e produtos de limpeza, a Clorox possui várias marcas. A empresa também fabrica produtos de higiene pessoal Burt’s Bees, jarras de água filtrada Brita e molhos para salada Hidden Valley Ranch.
Como muitas empresas de bens de consumo embalados, a Clorox precisa lidar com os altos custos das commodities, escassez de mão de obra e desafios na cadeia de suprimentos. A empresa de Oakland, Califórnia, projeta que a margem bruta, que ficou em 37% no primeiro trimestre fiscal, encolha 3 ou 4 pontos percentuais antes de começar a subir novamente no quarto trimestre.
“Temos toda a intenção de restaurar as margens e acreditamos que podemos fazer isso”, disse Rendle, de 43 anos, a mais jovem CEO de uma empresa do S&P 500. A executiva observa que os problemas nas cadeias de suprimentos começam a dar sinais de alívio. “Nosso mantra é realizar todas as ações que pudermos agora e sempre podemos fazer mais coisas.”
Para suavizar a pressão dos custos, a empresa elevou os preços de 70% de seus produtos neste ano fiscal. Em alguns casos, mais de uma vez. Rendle disse que está preparada para subir os preços ainda mais se necessário. “Acreditamos que esse ambiente de custo é mais difundido do que se pensava originalmente há alguns meses”, disse.
A Clorox se beneficiou no início da pandemia com a preocupação de consumidores de que o coronavírus se propagasse mais facilmente em superfícies, o que acabou não sendo o caso. Mesmo assim, disse Rendle, os clientes da empresa ainda estão limpando mais do que antes da pandemia, e uma temporada mais típica de gripe e resfriado no inverno do hemisfério norte pode aumentar a demanda por lenços umedecidos e sprays.
Fonte: Yahoo Finanças 10.11.2021
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