Alta nos produtos de limpeza atinge 10% em 12 meses, diz IBGE
Economista explica que o setor sofre com os aumentos da indústria química
A alta no preço do barril de petróleo no mercado internacional não deixou só o combustível mais caro. Ela aparece até nas prateleiras dos produtos de limpeza.
Segundo o IBGE, no acumulado dos últimos 12 meses, a alta foi de mais de 10%. A esponja de lavar louças, essencial na cozinha, teve o maior reajuste: 16,5%. Seguida do sabão em barra e do detergente. A principal explicação para alta vem do exterior.
“A indústria química fornece os insumos para indústria dos produtos de limpeza. Então, toda vez que a gente vê elevação no preço do petróleo, e dos seus derivados, a gente tem aí, ao longo da cadeia, também, um aumento generalizado de preços que acabam impactando o consumidor final”, explica a economista Tatiana Aleixo.
Uma empresa fabrica 60 tipos de produtos para limpeza. O limpa pedras teve reajuste de mais de 50% desde o início da pandemia. É que os ácidos, solventes e glicerina, que são matéria-prima do produto, tiveram alta.
Já na produção do cloro, o que pesou para o aumento foi a embalagem. O galão de 5 litros, que antes era revendido por R$ 15, agora custa R$ 25,70. Na água sanitária, o aumento foi de mais de 100%.
“Teve embalagens que sofreram até 140%, onerando muito no custo do produto. Teve uma grande desvalorização do real, e todas as matérias-primas para a produção de embalagens, são em dólar”, afirma o gerente comercial Michel Eustáquio.
Fonte: G1 11.10.2021
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