O Instituto de Embalagens considera que essa alteração é crucial para guiar os consumidores.
De acordo com um estudo do Instituto Agronômico em colaboração com o Instituto Axxus e a Universidade Estadual de Campinas, o café é consumido por 97% da população nacional, seja pela manhã ou após o almoço. Para melhorar as informações nas embalagens de café, a indústria tem até julho de 2024 para se adequar à portaria do Ministério da Agricultura, que impõe novas diretrizes para embalagens de café torrado.
Embora a regra tenha entrado em vigor em janeiro de 2023, as empresas ganharam um prazo de 18 meses para se ajustarem. Este prazo está chegando ao fim e muitas empresas ainda precisam implementar as novas recomendações. O objetivo é garantir que a qualidade do café torrado entregue aos consumidores seja monitorada e assegurada através dos novos rótulos.
As mudanças nas embalagens de café poderão ser diretamente percebidas pelo consumidor, incluindo informações como o tipo de café, o ponto de torra, os padrões mínimos de cafeína (no caso de café descafeinado), extrato aquoso e a nota de qualidade global da análise sensorial oficialmente estabelecidos.
O impacto dessas mudanças para o consumidor é significativo, conforme analisado pela diretora do Instituto de Embalagens, Assunta Napolitano Camilo. Ela enfatiza que a rotulagem das embalagens de café desempenha um papel crucial ao orientar os consumidores, fornecendo informações sobre a origem, qualidade, frescor e características nutricionais do produto. Essas informações capacitam os consumidores a fazer escolhas alinhadas com suas preferências e necessidades individuais.
Assunta enfatiza que, especialmente no setor alimentício, a indústria precisa se aproximar das necessidades dos consumidores. “Rótulos claros que oferecem informações detalhadas sobre os ingredientes, processos de fabricação, origem e impacto ambiental do produto são essenciais para atender à demanda por transparência”, afirmou. Ela também destacou que as empresas devem investir em rotulagem transparente e informativa, indo além dos requisitos mínimos regulatórios.
A responsabilidade pela venda de produtos adulterados será compartilhada entre os produtores de café e os varejistas. Essa medida visa coibir a comercialização de produtos irregulares e elevar o padrão de qualidade do café. Assunta aconselha os consumidores a examinar cuidadosamente as embalagens e os rótulos em busca de sinais de autenticidade, como logotipos, hologramas, códigos de barras, selos de qualidade e certificações. Ela alerta para qualquer indício de adulteração, como embalagens danificadas, rótulos mal impressos ou ausência de selos.
Os consumidores estão cada vez mais interessados na narrativa por trás do café que consomem. A nova rotulagem das embalagens oferece uma oportunidade para utilizar o design e destacar a origem do café, fornecendo informações sobre a região de cultivo, fazenda ou cooperativa, e as histórias envolvidas na produção.
“Além disso, a sustentabilidade é uma preocupação crescente, com marcas optando por materiais de embalagem recicláveis ou feitos com materiais reciclados, além de embalagens reutilizáveis”, observa Assunta. Ela também menciona que a segurança é uma questão importante, com o uso de tampas mais seguras e lacres evidentes, enquanto a conveniência inclui tampas que permitem o refechamento e embalagens que podem ser reaproveitadas para outros fins, segundo ela, outros fatores que influenciam as escolhas dos consumidores.
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