Desinfetante vencido produzido durante a pandemia é reciclado nos EUA
O Estado de Nova York firmou um acordo com a Eastman Kodak para ajudá-la a eliminar um enorme excesso de desinfetante para as mãos fora do vencimento.
O produto foi fabricado por presidiários em três penitenciárias estaduais dos EUA nos primeiros dias da pandemia de Covid-19. Fazia parte de um plano do então governador de Nova York, Andrew Cuomo, para aumentar os suprimentos limitados do estado.
O desinfetante para as mãos NYS Clean foi produzido e distribuído gratuitamente ao consumidor. Mas, após uma superprodução massiva, grande parte já passou da data de validade. Os desinfetantes geralmente duram entre dois e três anos antes do vencimento, porque parte do álcool evapora com o tempo, tornando o produto menos eficaz.
O fato de o desinfetante para as mãos ser altamente inflamável significa que ele deve ser armazenado ao ar livre para atender aos regulamentos do código de incêndio. Cerca de 700 mil galões do produto foram, portanto, alojados sob lona em um antigo aeródromo no estado de Nova York por meses. Ocupa 4 mil pallets que se estendem por três campos de futebol. E isso vem causando uma grande dor de cabeça para os funcionários.
A Eastman Kodak concordou em transportar as 168 cargas de desinfetante para o Eastman Business Park em Rochester, onde será destilada para extrair o álcool isopropílico para reutilização na fabricação. A previsão é de que o processo leve cerca de 10 meses.
Diz-se que o Estado de Nova York pagou US$ 1,4 milhão para a Eastman Kodak pelo álcool isopropílico usado na produção do desinfetante para as mãos NYS Clean. Agora terá que pagar à mesma empresa US$ 2,3 milhões para se desfazer dele.
Fonte: European Cleaning Journal 03.11.2022
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