Produtos são capazes de construir um biofilme ativo de bactérias benéficas

Um estudo sobre uma das principais causas de infecções hospitalares (HAI)  está explorando como as bactérias contagiosas sobrevivem até mesmo em limpezas profundas com produtos químicos e está avaliando uma nova abordagem para reduzir HAI por meio do uso de limpadores probióticos de superfícies duras.

A colaboração entre a Genesis Biosciences e a University of Huddersfield no Reino Unido examinará biofilmes secos causadores de infecção e avaliará a eficácia de limpadores probióticos preventivos. Embora historicamente alto, o HAI testemunhou um aumento significativo no último ano devido ao COVID 19 e representa uma ameaça implacável e urgente.

Apesar da limpeza regular e completa, os organismos potencialmente infecciosos podem sobreviver em superfícies duras dentro das instalações de saúde, formando um biofilme seco que atua como uma barreira entre os microrganismos infecciosos e os agentes sanitizantes, além de formar um reservatório para a reinfecção da superfície.

O projeto de pesquisa investigará a forma e função dos biofilmes criando biofilmes secos sintéticos semelhantes aos encontrados em hospitais. Os pesquisadores então examinarão como os produtos de limpeza probióticos eficazes, como os criados pelo Genesis, evitam a formação de biofilmes secos em uma superfície e se os produtos de limpeza probióticos podem diminuir a cobertura do biofilme e as cargas de patógenos na superfície.

A Genesis Biosciences investiu milhões de libras e anos de pesquisa para desenvolver produtos que contenham microrganismos benéficos naturais que podem alcançar profundamente as superfícies, eliminando potencialmente bactérias nocivas e oferecendo resultados de limpeza duradouros. Em testes hospitalares recentes realizados com probióticos à base de Bacillus na Itália, uma simples troca de produtos de limpeza químicos tradicionais por variantes de probióticos reduziu o número de organismos detectados nas superfícies, resultando em uma redução de 52% no HAI e 75% nos custos associados àprescrição de antibióticos.

“Há evidências de que os produtos de limpeza probióticos podem reduzir os genes de patógenos ligados à superfície e de resistência antimicrobiana no ambiente e ajudam a construir um biofilme ativo de bactérias benéficas na superfície da aplicação, evitando assim o restabelecimento de organismos prejudiciais e prolongando eficácia de limpeza, explica gerente geral da Genesis Biosciences, Emma Saunders. “Este estudo é muito empolgante e, assim que confirmarmos a eficácia das soluções probióticas sobre suas contrapartes químicas corrosivas e tóxicas, essa nova forma de limpeza pode ser implementada em instalações de saúde em todo o país, minimizando infecções adquiridas em hospitais e potencialmente salvando vidas”, completa.

O projeto conjunto visa, em última análise, estender a base de conhecimento e compreensão das estruturas de biofilme seco e os aspectos genéticos de sua existência, enquanto fornece um método de teste robusto para desenvolvedores de limpadores de superfície para melhor avaliar a viabilidade de seus produtos nesta área exigente.

Fonte: Wales 247  04.03.2021