O mercado global de suplementos alimentares deve superar US$ 252 bilhões em 2025, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 7,5%, segundo um estudo da Future Market Insights. Entre as categorias em crescimento, destaca-se a demanda por suplementos voltados à saúde digestiva, que deve expandir a uma CAGR de 6%, alcançando um valor de aproximadamente US$ 29,6 bilhões até 2033, impulsionado pela crescente preocupação com a redução de peso.

A pesquisa aponta que os Millennials, nascidos entre 1981 e 1996, enfrentam desafios em manter uma rotina de exercícios devido a longas jornadas de trabalho, o que pode resultar em problemas de saúde como indigestão e constipação. Em resposta, o uso de suplementos para saúde digestiva tem aumentado globalmente, especialmente os multivitamínicos e o ômega 3, este último com benefícios para a redução dos triglicerídeos e a promoção da saúde cardiovascular.

De acordo com o “Panorama do mercado de suplementos”, produzido pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD), os suplementos mais consumidos no Brasil são os multivitamínicos, ácidos graxos (sobretudo o ômega 3), minerais (especialmente cálcio), vitaminas específicas (principalmente a vitamina C) e apoiadores de imunidade. Entre os ingredientes em alta nessas formulações estão prebióticos e probióticos, beta-glucana, coenzima Q10 (CoQ10), L-glutationa, além de botânicos, como resveratrol, cúrcuma, camomila, lichia, spirulina, Chlorella e folha de oliveira.

O relatório da ABIAD também expõe alguns desafios enfrentados pelo mercado de suplementos, que acabam inibindo o seu potencial de crescimento, como a dependência de matérias-primas importadas, cuja oscilação de preços é influenciada pelo dólar, e a complexidade das regulamentações, que variam entre os países da América Latina, podendo dificultar a entrada de novos players no setor.