Reeleita à presidência da ABIPLA, Juliana Marra comenta desafios do setor, como o combate à informalidade.
Reforçar a importância dos produtos de limpeza para a saúde pública, inovação e desenvolvimento sustentável fazem parte das metas da entidade para o próximo triênio.
Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional elegeu a diretoria da entidade para o próximo triênio. Juliana Marra foi reeleita presidente e dará continuidade ao trabalho iniciado em 2020, quando assumiu seu primeiro mandato.
Formada em Química Industrial, ela, que é a primeira mulher no comando da Associação em 45 anos de atividade, elenca as principais metas para o mandato: o reforço do papel do setor como ferramenta de saúde pública, a busca de um ambiente de negócios propício à inovação e o fomento ao desenvolvimento sustentável dos associados.
Juliana afirma que, com a pandemia, em 2020, o setor de produtos de limpeza reforçou seu papel em saúde pública, uma vez que os saneantes desempenham uma função de prevenção, não só ao Covid-19, mas contra diversos tipos de contaminação. “A sociedade se conscientizou da importância dos nossos produtos no controle da proliferação de doenças, como no combate à dengue, Zica Vírus e Coronavírus, por exemplo. Até por isso, a ABIPLA lançou, neste ano, o Guia de Produtos de Limpeza”, diz.
O guia, disponível de forma gratuita no site da entidade, informa sobre as principais categorias de saneantes, os diferentes processos de higienização, como limpeza, desinfecção e esterilização, e alerta o consumidor sobre a necessidade de se atentar às informações do rótulo do produto, que deve ser, obrigatoriamente, chancelado pela ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Inovação e sustentabilidade
Outro ponto citado como meta da entidade é a busca por um ambiente de negócios mais propício à inovação. Juliana afirma que, em razão da pandemia, muitos produtos novos chegaram ao Brasil e houve grande empenho da ANVISA para que esses itens fossem liberados para comercialização. No entanto, ela avalia que ainda há espaço para evolução. “A burocracia e a informalidade são alguns dos fatores que dificultam a inovação em nosso País”, afirma, lembrando que, embora o setor seja caracterizado pelo desenvolvimento de produtos, o mix disponível no Brasil poderia ser ainda maior, caso essas questões fossem resolvidas.
A presidente da ABIPLA reforça a importância de as empresas do setor buscarem, também, o desenvolvimento sustentável de seus negócios. “O setor é muito engajado com essa questão. Nossos associados trabalham com políticas de uso adequado dos recursos naturais, tanto na formulação de seus produtos quanto em relação às embalagens”, afirma.
Ainda em relação à sustentabilidade, Juliana lembra que o setor é fornecedor de produtos destinados ao saneamento básico (tratamento de água e esgoto, por exemplo). Com o Marco do Saneamento, estabelecido pela Lei nº 14.026/2020, e a consequente atração de investimentos privados, a indústria pode colaborar para que rios, mares e solos fiquem menos poluídos, promovendo, também, a melhora da saúde pública brasileira. “Podemos receber muita inovação em questões de saneamento, inclusive, com a chegada de novas empresas”, afirma.
Mulheres e homens em igual número
Além das metas da entidade, Juliana Marra comenta que a composição da atual diretoria da ABIPLA é um exemplo do crescimento do papel da mulher no mercado de trabalho e da própria filosofia de gestão da atual diretoria. No total, são 15 homens e 15 mulheres, incluindo a presidente, no centro das decisões da entidade. “A ABIPLA é uma entidade muito democrática, aberta, com espírito agregador e que entende sua relevância para o setor e para a sociedade. Reunimos empresas de todos os tamanhos e tentamos dar voz aos principais pleitos do setor e da indústria”, conclui.
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