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Piracanjuba amplia portfólio da linha Whey

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A Piracanjuba adiciona mais um produto à sua linha Whey com a versão Café + Energia

O produto contém 100 mg de cafeína e 1.000 mg de taurina e seu foco é a melhoria de energia e performance.

O novo membro da família Piracanjuba Whey é um suplemento alimentar líquido que se destaca pela inovação e praticidade, oferecendo 15 g de proteína por porção. Ideal tanto para quem pratica atividades físicas leves como para aqueles envolvidos em exercícios de alto impacto, é uma ótima opção para consumo diário e em qualquer hora do dia.

Além disso, a bebida aumenta a absorção de cálcio, essencial para o fortalecimento dos ossos. Possui fibras, é adoçada com stevia e não tem lactose. É adequada para intolerantes à lactose e pessoas com restrição ao açúcar. Está disponível no sabor café e em embalagem de 250 ml.

 

 

 

Fonte: Panorama Farmacêutico 10.06.2024

Consumidor busca bem-estar e beleza, ampliando o mercado de suplementos

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Mercado global de suplementos vitamínicos e minerais pode atingir cerca de R$ 308,4 bilhões neste ano, impulsionado por tendência global de produtos para saúde e estética

O mercado de suplementos para beleza e bem-estar está em expansão. Impulsionado por uma tendência global de demanda por produtos que promovam saúde e estética de dentro para fora, o setor registra um crescimento na oferta de vitaminas, minerais e outros compostos nutricionais destinados a melhorar pele, cabelo e unhas, além de favorecer a vitalidade de forma geral.

Na área de suplementos vitamínicos e minerais, o mercado global atingiu cerca de US$ 55,6 bilhões (R$ 291,6 bilhões) em 2023, de acordo com a consultoria Future Market Insight. O estudo aponta que o segmento deve crescer a uma taxa de 5,4% e alcançar US$ 58,8 bilhões (R$ 308,4 bilhões) neste ano. Já a expectativa para 2034 é atingir US$ 99,7 bilhões.

Em 2023, o setor de suplementos vitamínicos e minerais representou cerca de 32,6% do mercado total global de suplementos alimentares, avaliado em US$ 152,8 bilhões (R$ 801,7 bilhões).

A fabricante de suplementos Gummy Hair foi fundada em 2018 tendo como carro-chefe as gomas em formato de coração, recheadas com complexos vitamínicos para os cabelos, algo inédito no Brasil até então.A empresa registrou, no ano passado, uma receita de cerca de R$ 100 milhões, referente à venda de 17 produtos diferentes.

Para este ano, a expectativa da Gummy é aumentar o portfólio para 40 itens — tanto na parte de beleza quanto na de nutrição esportiva — e alcançar um faturamento de R$ 150 milhões. Para 2025, a meta é dobrar as vendas, com uma carteira de 100 suplementos.

“A empresa nasceu depois que vi o aumento do consumo de vitaminas em goma nos Estados Unidos. Como não existia nada parecido no Brasil, decidi montar uma fábrica”, diz o fundador, Robson Galvão. Nos Estados Unidos, a principal expoente desse setor é a Lemme Burn, comandada pela empresária e influenciadora Kourtney Kardashian.

Galvão detalha que o crescimento da empresa se deu pela diversificação da estratégia. Até 2022, a companhia atuava apenas com vendas on-line, com apoio de influenciadores em plataformas digitais. Mas então, ele diz que a Drogasil se tornou cliente e os resultados apareceram. Hoje, os produtos da marca estão em 17 mil pontos de vendas, entre farmácias, lojas de beleza e de produtos naturais.

Perguntado sobre a possibilidade de ter lojas próprias, Galvão afirma que isso não está nos seus planos. “Nosso objetivo é criar um ponto de experiência dentro de parceiros”, diz. Ele também descarta a internacionalização da marca. “Temos muito para crescer no Brasil.”

Nesse sentido, a Gummy vai adotar como estratégia o investimento em canais de marketing tradicionais, como a TV. “Vamos diminuir nossas campanhas on-line e entrar no offline.” A verba da área, no entanto, se manterá a mesma: algo entre 10% e 15% da receita da companhia.

“Fórmula da beleza”

Enquanto a Gummy Hair aposta no offline, é no on-line que a empresa de Gabriela Morais — famosa na internet pelo seu antigo sobrenome, Pugliesi — tem colhido frutos. A Gaab Wellness, fundada em maio de 2022, prevê aumentar em 80% o seu faturamento em 2024.

No ano passado, a receita da empresa foi de R$ 12,5 milhões. Para este ano, a projeção é de R$ 22,5 milhões. No primeiro trimestre, foram vendidos mais de 36 mil produtos de suplementação. O campeão de vendas da marca é o suplemento alimentar em pó apelidado de Fórmula da Beleza, que conta com colágeno, ácido hialurônico e um blend de vitaminas e minerais para melhorar a aparência e sustentação da pele.

Atualmente, a marca conta com 26 produtos, incluindo uma linha de skincare e um suplemento que promete amenizar os sintomas da TPM nas mulheres. Segundo Morais, que divide o controle da empresa com outros dois sócios, do total do faturamento, 80% vão para expansão do portfólio e 20% para marketing.

A estratégia de marketing é focada nas redes sociais, com divulgação por influenciadoras digitais. Ao todo, o investimento mensal na área é de cerca de R$ 150 mil. Contudo, não entra no cálculo do orçamento as postagens quase diárias da dona da marca em seu perfil no Instagram, que acumula quase 6 milhões de seguidores.

A Gaab já opera desde novembro de 2022 em Portugal, na rede de farmácias Wells e no e-commerce Huxia, e planeja entrar no mercado americano no próximo ano. Em 2023, as vendas da marca em Portugal registraram um faturamento total de quase R$ 1 milhão, o que representa cerca de 8% da receita total.

No Brasil, a empresa se restringe às vendas pelo site e pelo aplicativo de delivery Rappi, que faz a entrega dos produtos em São Paulo. “O nosso foco é no on-line. Planejo ter experiências no varejo de forma estratégica. Temos recebido demandas de farmácias e estamos negociando entrar nas que conversam com o nosso público. Também penso em montar uma pop-up store em shopping”, indica Morais. A companhia se programa, ainda, para abertura de uma rodada de captação de investimentos este ano ou no início de 2025.

A marca, incluindo a escolha do nome, foi inspirada na empresa da atriz Gwyneth Paltrow, Goop, fundada em 2008.O negócio, difundido nos Estados Unidos, conta com uma plataforma de venda de produtos on-line de diversos segmentos, além de revista, podcast, promoção de eventos anuais ao redor do mundo e até uma rede de restaurantes. Tudo focado no bem-estar.

“O segmento de wellness já é tendência há muito tempo lá fora, e agora começa a crescer no Brasil. A concorrência, claro, também vem aumentando, e grandes players do ramo farmacêutico estão entrando nesse mercado de suplementação. Para mim, é positivo porque ajuda a disseminar o uso dos suplementos. Quando comecei, era desafiador vender os produtos sem que as pessoas entendessem o que era ou até acreditassem que funcionava”, diz Morais.

 

 

 

 

Fonte: Valor Econômico 18.06.2024

As empresas de café têm prazo até julho para realizar a adaptação das embalagens

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O Instituto de Embalagens considera que essa alteração é crucial para guiar os consumidores.

De acordo com um estudo do Instituto Agronômico em colaboração com o Instituto Axxus e a Universidade Estadual de Campinas, o café é consumido por 97% da população nacional, seja pela manhã ou após o almoço. Para melhorar as informações nas embalagens de café, a indústria tem até julho de 2024 para se adequar à portaria do Ministério da Agricultura, que impõe novas diretrizes para embalagens de café torrado.

Embora a regra tenha entrado em vigor em janeiro de 2023, as empresas ganharam um prazo de 18 meses para se ajustarem. Este prazo está chegando ao fim e muitas empresas ainda precisam implementar as novas recomendações. O objetivo é garantir que a qualidade do café torrado entregue aos consumidores seja monitorada e assegurada através dos novos rótulos.

As mudanças nas embalagens de café poderão ser diretamente percebidas pelo consumidor, incluindo informações como o tipo de café, o ponto de torra, os padrões mínimos de cafeína (no caso de café descafeinado), extrato aquoso e a nota de qualidade global da análise sensorial oficialmente estabelecidos.

O impacto dessas mudanças para o consumidor é significativo, conforme analisado pela diretora do Instituto de Embalagens, Assunta Napolitano Camilo. Ela enfatiza que a rotulagem das embalagens de café desempenha um papel crucial ao orientar os consumidores, fornecendo informações sobre a origem, qualidade, frescor e características nutricionais do produto. Essas informações capacitam os consumidores a fazer escolhas alinhadas com suas preferências e necessidades individuais.

Assunta enfatiza que, especialmente no setor alimentício, a indústria precisa se aproximar das necessidades dos consumidores. “Rótulos claros que oferecem informações detalhadas sobre os ingredientes, processos de fabricação, origem e impacto ambiental do produto são essenciais para atender à demanda por transparência”, afirmou. Ela também destacou que as empresas devem investir em rotulagem transparente e informativa, indo além dos requisitos mínimos regulatórios.

A responsabilidade pela venda de produtos adulterados será compartilhada entre os produtores de café e os varejistas. Essa medida visa coibir a comercialização de produtos irregulares e elevar o padrão de qualidade do café. Assunta aconselha os consumidores a examinar cuidadosamente as embalagens e os rótulos em busca de sinais de autenticidade, como logotipos, hologramas, códigos de barras, selos de qualidade e certificações. Ela alerta para qualquer indício de adulteração, como embalagens danificadas, rótulos mal impressos ou ausência de selos.

Os consumidores estão cada vez mais interessados na narrativa por trás do café que consomem. A nova rotulagem das embalagens oferece uma oportunidade para utilizar o design e destacar a origem do café, fornecendo informações sobre a região de cultivo, fazenda ou cooperativa, e as histórias envolvidas na produção.

“Além disso, a sustentabilidade é uma preocupação crescente, com marcas optando por materiais de embalagem recicláveis ou feitos com materiais reciclados, além de embalagens reutilizáveis”, observa Assunta. Ela também menciona que a segurança é uma questão importante, com o uso de tampas mais seguras e lacres evidentes, enquanto a conveniência inclui tampas que permitem o refechamento e embalagens que podem ser reaproveitadas para outros fins, segundo ela, outros fatores que influenciam as escolhas dos consumidores.

Anvisa divulga novas normas para a regularização de alimentos

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Em 28 de fevereiro de 2024, a Anvisa introduziu duas normativas essenciais para a regularização de alimentos: a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 843/2024 e a Instrução Normativa (IN) 281/2024.

A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 843/2024 trata da regularização de alimentos e embalagens sob a supervisão do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), voltados para a comercialização em território nacional. Em complemento, a Instrução Normativa (IN) 281/2024 define os critérios para regularização das diferentes categorias de alimentos e embalagens, especificando os documentos exigidos pelas autoridades competentes.

As regulamentações passaram por consultas públicas realizadas pela agência em 2022 e juntas estabelecem um novo padrão regulatório para alimentos, substituindo a resolução em vigor por 24 anos (RDC 22/2000).

De acordo com a nova regulamentação, os alimentos poderão ser regularizados no Brasil de três maneiras:

• Registro diretamente na Anvisa;
• Notificação à Anvisa;
• Comunicação aos órgãos locais de vigilância sanitária (VISA Locais) sobre o início da fabricação ou importação.

Adoção da notificação em vez do registro para produtos específicos

A principal inovação é a regularização por meio da Notificação, válida para produtos alimentícios de risco intermediário listados no Anexo II da IN nº 281/2024, como alimentos de transição, cereais infantis, embalagens recicladas, e alimentos com alegações de propriedades funcionais e/ou de saúde.

Em outras palavras, os produtos desta categoria foram isentos do procedimento de registro anteriormente obrigatório para sua comercialização. Agora, devem seguir os requisitos documentais especificados no Anexo X da IN nº 281/2024 para regularização.

Os suplementos alimentares e os alimentos destinados ao controle de peso, previamente sujeitos à regularização através da comunicação direta às VISAs locais, agora foram integrados às categorias que requerem o procedimento de Notificação. Permanecem sob o procedimento de Registro as fórmulas infantis e para nutrição enteral, com a adição da fórmula dietoterápica para erros inatos do metabolismo.

Além disso, são considerados alimentos sujeitos à comunicação obrigatória de início de fabricação: café, açúcar, cacau em pó, chocolate, melaço, rapadura, adoçantes de mesa e adoçantes dietéticos, entre outros. Esta regulamentação mantém uma continuidade substancial em relação ao previamente estabelecido pelo RDC nº 27/2010.

Os efeitos das novas normas e os prazos para cumprimento

Conforme estabelecido pela Anvisa, as novas regulamentações visam simplificar os processos administrativos para o órgão regulador e o setor alimentício em situações de menor risco. Ao mesmo tempo, preservam ou intensificam as exigências para produtos de alto risco ou com histórico de denúncias e queixas.

Os períodos estipulados para regularização e adequação dos produtos alimentícios e suas embalagens às recentes normativas da Anvisa, conforme a classificação correspondente, estão descritos na RDC nº 843/2024. Estes prazos variam significativamente, abrangendo um intervalo de aproximadamente 18 a 31 meses, dependendo do tipo específico do produto em questão.

O governo forma um comitê de trabalho para expandir discussões sobre proteínas alternativas

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O objetivo é reunir representantes da sociedade civil, da cadeia produtiva e do setor agropecuário para alcançar consensos e avançar na regulamentação dessa área.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) instituiu um grupo técnico de trabalho (GTT) no final de maio para desenvolver propostas e avançar na regulamentação de novos sistemas alimentares e ingredientes contemporâneos, incluindo as proteínas alternativas. Esta iniciativa pode fortalecer esses alimentos como parte da agenda de inovação do setor agropecuário, durante sua transição para uma economia de baixo carbono.

De acordo com o Mapa, a proposta será debatida dentro da câmara temática de transformação digital do agro e está alinhada com o desenvolvimento de um novo marco regulatório, atualmente em elaboração pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo próprio Ministério.

O GTT busca facilitar a harmonização entre diferentes órgãos reguladores e os participantes do setor, incorporando o tema das proteínas alternativas à agenda mais ampla do agronegócio.

Segundo Paulo Silveira, coordenador do GTT e fundador do Food Tech Hub Latam, “Nosso principal objetivo é explorar o potencial do Brasil, com sua biodiversidade única, e transformá-lo em novos mercados. Ao enfrentarmos os desafios futuros da cadeia alimentar, isso se reflete em novos ingredientes e proteínas alternativas.”

As proteínas alternativas incluem aquelas derivadas de plantas, cultivadas a partir de células ou através de fermentação tradicional, biomassa ou precisão – uma técnica que utiliza microrganismos para produzir ingredientes específicos que replicam produtos de origem animal como carne, leite, laticínios, ovos e peixes.

“A área de proteínas alternativas faz parte do setor agropecuário inovador e representa uma nova fonte de receita para os produtores rurais, consolidando o papel de liderança global que o Brasil já possui nesse campo”, afirma Alysson Soares, especialista sênior do GFI.

O grupo técnico de trabalho tem como objetivo formular uma proposta de política pública relacionada aos novos sistemas alimentares e ingredientes contemporâneos. Essa proposta será posteriormente avaliada pelo Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, com previsão de conclusão até o final de outubro.

“O Brasil possui uma oportunidade única para se destacar nesse campo. Não podemos perder novamente o ponto de uma grande transformação e ficar de fora dela. Sem um plano, nossa participação seria desorganizada”, destaca Silveira, coordenador do grupo.

O plano foi inicialmente revelado por Isabel Regina Carneiro, coordenadora de ambientes de inovação do Ministério da Agricultura, durante o evento “De Dubai a Belém: sistemas alimentares e ingredientes contemporâneos”, organizado pelo The Good Food Institute (GFI) Brasil e pela Universidade de Brasília (UnB) no início de abril.

“Esperamos contar com representantes de todos os segmentos da cadeia produtiva, incluindo agroindústria, desde pequenos até grandes produtores, além de universidades, institutos de ciência e tecnologia, e também agentes de fomento como investidores e aceleradoras”, afirmou Carneiro.

Além da coordenadora, o encontro contou com a participação de membros do governo para apresentar propostas e debater o mercado de proteínas alternativas, enfatizando sua contribuição para a agenda verde da agricultura e os esforços para revisar os compromissos brasileiros a serem apresentados na COP30 em 2025.

A segurança regulatória para as proteínas alternativas é fundamental para impulsionar esse setor, tanto pelo seu potencial ambiental quanto econômico. Um ponto frequentemente destacado é a necessidade de regulamentações claras que ofereçam segurança jurídica ao mercado. Com regras bem definidas, torna-se mais fácil investir e desenvolver o mercado, oferecendo alternativas aos consumidores que buscam proteínas alternativas às de origem animal. Além disso, a definição clara das normas a serem seguidas pelas empresas do setor, especialmente em relação à composição nutricional e rotulagem dos produtos, contribui para melhor informar o consumidor.

Segundo Hugo Caruso, diretor da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Mapa, há um esforço para conciliar os interesses do setor de proteína animal com os das proteínas alternativas, pois eles não precisam ser vistos como opostos, mas sim coexistir em harmonia.

Um exemplo é a questão da nomenclatura dos produtos. Caruso explica que, se um hambúrguer de soja fosse chamado simplesmente de “disco de soja”, a regulamentação seria mais simples, porém poderia gerar confusão entre os consumidores. Por isso, as embalagens indicam que se trata de um “hambúrguer” de soja, mas deixam claro que não substitui o hambúrguer de carne – uma abordagem intermediária para agradar a ambos os lados.

“No evento organizado pelo GFI em abril, Hugo Caruso destacou: ‘Se eu não utilizo o nome hambúrguer, eu tiro esse produto do mercado e as pessoas não sabem se aquilo é para ser utilizado como hambúrguer. Dentro dessa percepção, é que nossa proposta vem como uma tentativa de conciliar, uma coexistência desses produtos’.”

Além disso, em dezembro, a Anvisa aprovou uma resolução para disciplinar o processo de comprovação de segurança e autorização de novos alimentos e ingredientes. Esse marco regulatório estabelece diretrizes fundamentais para orientar a produção de proteínas alternativas, como a carne cultivada, proporcionando mais segurança jurídica à indústria. As proteínas à base de plantas já possuíam regulamentações anteriores.

Sustentabilidade em evolução

Para sustentar o progresso e demonstrar empiricamente o potencial da indústria de ingredientes contemporâneos, o GFI Brasil e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável elaboraram o estudo intitulado “Proteínas Alternativas, Indicadores do Agronegócio e Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)”.

Segundo a pesquisa, há uma interligação entre o modelo de ingredientes contemporâneos, como as proteínas de origem animal, e os indicadores de desenvolvimento sustentável, como a redução do desperdício e a promoção de uma alimentação saudável. O desenvolvimento desse setor é crucial para que o Brasil avance no cumprimento dessas metas de sustentabilidade.

Um dos motivos destacados é a pressão enfrentada pela indústria alimentícia tradicional. O estudo menciona que a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) projeta um aumento da população mundial para 9,7 bilhões de pessoas até 2050, com uma demanda por alimentos que pode crescer mais de 70%.

Essa transição exigirá alternativas viáveis para atender ao aumento do consumo, ao mesmo tempo em que se deve aderir aos objetivos de desenvolvimento sustentável no país.

Segundo Luís Rangel, coordenador de Fomento, Promoção e Articulação Institucional do Ministério da Agricultura e um dos autores do estudo, “O sinergismo entre as proteínas alternativas e os ODS é mais significativo do que inicialmente previsto. Há diversos indicadores que indicam que a indústria de proteínas alternativas apresenta um desempenho muito positivo em comparação com outros setores da indústria de alimentos em geral.”

Rangel destaca que a indústria de ingredientes alternativos contribui para a redução das emissões de gases poluentes das cadeias alimentares, especialmente o metano, que é emitido pela fermentação entérica na pecuária tradicional. Além disso, esse modelo permite a reutilização de subprodutos.

Diante da projeção da FAO sobre o aumento populacional futuro, Rangel sugere que haverá uma crescente demanda por alternativas, o que poderá impulsionar o crescimento da indústria de ingredientes alternativos além dos nichos atuais.

Banco de dados da Embrapa vai apoiar desenvolvimento e regulação de novos alimentos como os plant-based

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A Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro, RJ) deu início à elaboração de um banco de dados para apoiar e agilizar a inovação no mercado de proteínas alternativas (termo atualmente denominado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) como “alimentos e ingredientes contemporâneos”) e produtos plant-based no Brasil

As informações que vão compor o banco são resultado de demandas levantadas durante o “Workshop de apoio à inovação para o mercado de proteínas alternativas no Brasil”, realizado em março, como resultado de uma parceria entre a Embrapa e o Mapa e apoio do FoodTech Hub Latam. “Agora, nosso papel enquanto Embrapa, é construir esse banco de dados, com uma linguagem acessível em uma plataforma de fácil compreensão, que será entregue no fim deste ano ao Mapa, que fará a gestão, disponibilização e manutenção do ativo”, explica a pesquisadora e coordenadora do trabalho, Caroline Mellinger.

O primeiro passo para chegar ao conjunto de informações necessárias foi reunir e ouvir representantes dos setores produtivo, de regulação, de organizações não-governamentais, além de pesquisa e inovação, onde foram levantadas as dificuldades técnicas para o desenvolvimento de produtos plant-based como, por exemplo, entraves; melhorias a serem feitas; dúvidas sobre ingredientes e fornecedores de ingredientes para esse mercado; problemas com embalagens e adjuvantes de formulações.

O projeto para a estruturação do banco de dados é um Termo de Execução Descentralizada (TED) que firma a parceria entre a Embrapa e o Mapa, responsável pelos recursos financeiros para a elaboração do trabalho. O Termo prevê, ainda, o levantamento de dados sobre a percepção do consumidor em relação à crescente categoria de alimentos e ingredientes alternativos.

Segundo a coordenadora de Articulação para Inovação do Mapa, Isabel Carneiro, o Ministério vem trabalhando num programa para que haja a regulamentação desses produtos, por parte do governo federal, visando, além de agregar valor às cadeias produtivas, realizar o adensamento tecnológico necessário para o fortalecimento das agroindústrias que desenvolvem esses ingredientes, tanto para o mercado interno quanto para o externo. “Queremos entender todo esse mercado e o potencial dele e dar o direcionamento correto para as políticas públicas de fomento, tanto para os sistemas alimentares quanto para o desenvolvimento de pesquisa e inovação e, isso, como um fator chave para alavancar o setor levando em consideração a sustentabilidade desses sistemas alimentares e ingredientes contemporâneos”, completa.

O diretor da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do Mapa, Hugo Caruso, acrescenta que essa é mais uma iniciativa do Ministério para promover o desenvolvimento sustentável das cadeias produtivas agropecuárias em benefício da sociedade brasileira. “O Brasil se destaca na produção e exportação de proteínas tradicionais e por que não entrar nessa nova era de ingredientes contemporâneos? Nisso, a atuação do Dipov é garantir a segurança jurídica, inclusive sobre questões de nomenclatura de produtos, para que as empresas possam investir e se desenvolver no Brasil”, afirma.

De acordo com o coordenador de Padrões e Regulação de Alimentos (Copar) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Tiago Rauber, a iniciativa de organização das informações em um banco de dados, visa ampliar a questão sobre a alimentação de uma forma mais sustentável porque a demanda por proteínas alternativas cresce no mundo todo impulsionada por questões como segurança alimentar, sustentabilidade ambiental, bem-estar animal e, também, pela busca por opções alimentares que atendam às diversas necessidades e preferências dos consumidores.

“A Anvisa reconhece a importância de acompanhar esses avanços científicos e tecnológicos garantindo que os produtos derivados de proteínas alternativas atendam aos mais altos padrões de segurança, qualidade e rotulagem e, nesse sentido, estamos comprometidos em colaborar com a comunidade científica, a indústria e outros órgãos reguladores para promover o ambiente regulatório claro, transparente e favorável à inovação responsável”, enfatiza Rauber.

O fundador e CEO do FoodTech Hub Latam, Paulo Silveira, destaca que para fazer um mercado funcionar todos têm que trabalhar em conjunto. “Seja a pesquisa, indústria, o governo investindo e a existência de um plano estratégico para o Brasil para que a gente possa fortalecer o mercado de proteínas alternativas”, finaliza.

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Embrapa 05.04.2024

Evolução da marca Darkness na suplementação esportiva

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A Darkness sempre foi reconhecida como uma referência no universo da suplementação esportiva, conhecida por sua oferta de produtos inovadores e de alta qualidade.

No campo da suplementação esportiva, a Darkness tem sido consistentemente reconhecida como líder, oferecendo produtos inovadores e de alta qualidade para atletas de alto desempenho. Sua reputação sólida e compromisso com a excelência a tornaram uma escolha preferida para aqueles que buscam um estilo de vida centrado na disciplina e dedicação ao esporte.

Desde sua introdução no mercado em 2011, a linha Darkness, que surgiu como parte da marca coirmã Integralmedica, está passando por uma reformulação completa. Este processo inclui um novo posicionamento da marca, uma identidade visual renovada e a reformulação das embalagens dos produtos.

Sob o slogan “Darkness, The Nation Under Iron”, a marca reitera seu compromisso com a excelência. Durante o Arnold Sports Festival South America, realizado recentemente em São Paulo, foram lançados novos produtos que prometem elevar o padrão da suplementação esportiva.

A reestilização da marca Darkness envolveu uma atualização sutil, porém significativa, de seu símbolo. Elementos foram reajustados para criar uma estética mais integrada e consistente. A nova tipografia, com linhas retas, adiciona um tom de seriedade e modernidade, ao mesmo tempo em que mantém a legibilidade da marca. A flexibilidade na aplicação é garantida pela separação da tipografia do ícone, preservando assim a identidade visual.

As embalagens dos produtos foram redesenhadas, inspiradas na iconografia da marca Blade da Integralmedica. A Darkness assume o destaque, fortalecendo os elementos essenciais de sua identidade.

Os rótulos são concebidos com tons e acabamentos metálicos para criar uma impressão de produto premium e tecnológico. Adicionalmente, os acabamentos brilhante, fosco e texturizado enriquecem a experiência visual e tátil dos consumidores.

Uma nova disposição de coluna foi implementada para apresentar claramente os atributos de cada produto. Além disso, os potes foram redesenhados com um formato exclusivo e tampa, reforçando o compromisso com uma experiência completa.

Startups de alimentação infantil aproveitam oportunidades na indústria

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O desaparecimento das papinhas para bebês criou uma lacuna no mercado, agora preenchida por startups de comida saudável.

Prateleiras dos supermercados estavam repletas de papinhas para bebês. Hoje, isso mudou. A demanda por alimentos industrializados para crianças diminuiu, e os potinhos desapareceram.

Essa mudança criou uma lacuna no mercado. Os pais buscam oferecer uma alimentação mais saudável aos filhos, mas ainda valorizam a conveniência dos alimentos prontos.

Novos negócios estão emergindo para preencher essa lacuna. Um exemplo é a Papapá, de Curitiba, especializada na venda de papinhas e biscoitos orgânicos para bebês.

A startup foi fundada em 2021 pelo casal de engenheiros Leonardo Afonso, 37, e Paula Afonso, 35, que identificaram uma falta de produtos saudáveis para crianças.

A jornada começou em 2018, quando o casal vivia na Austrália. Como pais, estavam acostumados com a diversidade de opções de alimentos saudáveis para crianças. Em uma viagem de Natal ao Brasil, perceberam que o mercado local oferecia poucas alternativas.

“Lá fora, havia muitos produtos interessantes, como snacks sem açúcar, com ingredientes variados, sem sal e não fritos, que podíamos oferecer sem culpa. Aqui, a oferta era bem mais limitada,” disse Afonso.

Naquela época, Leonardo era diretor de suprimentos da Kraft Heinz na Austrália. Ele pediu demissão para se dedicar ao novo negócio no Brasil, passando dois anos pesquisando o setor de alimentação infantil para lançar a empresa.

O casal investiu R$ 1,5 milhão de recursos próprios no empreendimento, focando no desenvolvimento de produtos com o conceito clean label, sem aditivos artificiais: “São ingredientes que a mãe reconhece. Nesse caso, menos é mais.”

Em 2021, a Papapá levantou R$ 5 milhões em uma rodada de investimentos liderada por Alphonse Voigt e Antonio Maganhotte Junior, cofundadores do Ebanx. Parte desses recursos foi utilizada para expandir os canais de distribuição.

Além de estar presente em supermercados e farmácias por todo o país, a empresa decidiu abrir uma loja física em Curitiba para testar esse modelo. “Talvez adotemos essa estratégia de lojas próprias em outras regiões do Brasil,” projetou Afonso.

Em 2022, a empresa faturou R$ 12 milhões, aumentando para R$ 36 milhões no ano seguinte. Agora, a companhia está desenvolvendo produtos voltados para crianças a partir dos três anos de idade.

“É uma maneira de continuar atendendo as mães que já davam Papapá para seus bebês e agora têm crianças,” explica Afonso.

O Crescimento dos Orgânicos

Os empreendedores escolheram o setor cuidadosamente. De acordo com um relatório da Euromonitor publicado em setembro do ano passado, o mercado de alimentação infantil no Brasil movimentou R$ 5,8 bilhões em 2022, um crescimento de 12% em relação a 2021.

Além disso, a pandemia aumentou a demanda por produtos saudáveis. Uma pesquisa da Organis (Associação de Promoção dos Orgânicos) revelou que o consumo de orgânicos cresceu 240% entre 2019 e 2021, comparado ao período entre 2017 e 2019.

“Quando os adultos começaram a buscar uma vida mais saudável, esse desejo foi estendido às crianças,” afirma Marcelo Paganini, professor do curso de Administração da ESPM.

Outro ponto é que Paula e Leonardo exploraram um nicho onde a grande indústria encontra dificuldades para entrar.

Segundo o fundador da Papapá, mesmo que as grandes empresas decidam investir em produtos saudáveis para bebês e crianças, haverá uma resistência por parte dos consumidores.

“A Heinz, por exemplo, é conhecida pelo ketchup. A Nestlé, pelo chocolate. Essas não são referências adequadas para quem busca produtos saudáveis. Foi aí que vi uma oportunidade em algo que, de certa forma, eu já conhecia,” explicou o empreendedor.

Ao se focarem em um nicho específico, os empreendedores conseguem oferecer alimentos diferentes dos disponíveis no portfólio das grandes empresas. Como explica Paganini, “Muitas vezes, um produto industrializado pode não ter açúcar, mas também não tem gosto. Os empreendedores estão conseguindo equilibrar sabor e valor nutricional.”

Distribuição Sob Medida

Empresas como a Papapá enfrentam dificuldades para ganhar escala, principalmente porque esses alimentos requerem um processo de produção mais artesanal.

“Algumas empresas, como a Fazenda do Futuro, que desenvolve hambúrgueres naturais, estão conquistando espaço na Europa e na Ásia, mas nunca se tornarão grandes indústrias devido ao processo de produção mais complexo e à dificuldade na escolha de fornecedores,” explica Roberto Kanter, CEO da Canal Vertical e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Leonardo Afonso exemplifica: “Uma de nossas matérias-primas é a farinha amarela orgânica – um ingrediente que nem sempre é fácil de encontrar.”

Embora seja desafiador para as foodtechs produzir em grandes quantidades, Kanter aponta que elas podem crescer na distribuição utilizando múltiplos canais, como assinaturas e delivery.

Este é justamente o caso do ecommerce Jornada Mima, fundado em 2021 pelas engenheiras de produção Paula Cunha, de 35 anos, e Luciana Vicente, de 39 anos. A empresa se foca na assinatura de kits de comida congelada para bebês.

A ideia surgiu quando Paula buscava se atualizar sobre a introdução alimentar de seu segundo filho.

“Percebi que a papinha liquidificada está obsoleta. Nenhum pediatra recomenda mais. Elas não estimulam a mastigação e a criança não sente o verdadeiro sabor dos alimentos.”

A Jornada Mima utiliza a tecnologia de ultracongelamento, que congela os alimentos em questão de minutos. No congelamento convencional, as células dos alimentos desidratam. Com o ultracongelamento, a rapidez do processo preserva a integridade das paredes celulares, mantendo os nutrientes, a textura e o sabor dos alimentos.

Os pratos são montados de acordo com a faixa etária, seguindo orientações dos órgãos de saúde. Por exemplo, para bebês com menos de um ano, há restrição de sal, e o açúcar deve ser evitado até os dois anos de idade.

Além disso, as refeições seguem a recomendação de incluir os cinco grupos alimentares (carboidratos, proteínas, leguminosas, legumes e verduras) tanto no almoço quanto no jantar.

“Oferecer uma alimentação variada acaba sendo desafiador para os pais, especialmente ao equilibrar com outras demandas diárias. Percebi uma lacuna nesse aspecto e enxerguei uma oportunidade de mercado.”

A empresa de Paula Cunha opera principalmente através de vendas online em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em 2023, começou a testar vendas em uma loja física e em uma escola.

Além dos recursos próprios das fundadoras, a Jornada Mima recebeu um investimento de R$ 1 milhão de investidores-anjo, utilizado para o desenvolvimento de produtos e expansão dos canais de venda. A previsão é de alcançar um faturamento de R$ 3 milhões em 2024.

Brasil à frente no aumento do consumo de bebidas esportivas na América Latina

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Um levantamento recente da Ingredion destacou o Brasil como líder no consumo de bebidas esportivas na América Latina.

No ano de 2022, 41% dos brasileiros compraram bebidas e barras com alto valor nutricional, enquanto 36% escolheram produtos à base de proteínas vegetais em comparação ao ano anterior, conforme informado por Juliana Gomez Lince, líder regional de ingredientes à base de plantas da empresa. No mesmo período, as soluções em pó para bebidas esportivas representaram 85% do consumo total no Brasil.

Matheus Partel, responsável pelo marketing regional de Lácteos e Nutrição Esportiva na Ingredion, estima que o mercado de soluções em pó no Brasil crescerá aproximadamente 8% até 2028. Ele enfatiza o compromisso da empresa em proporcionar experiências alimentares inovadoras e atender às necessidades dos consumidores.

O crescimento nos lançamentos de bebidas contendo proteínas vegetais, especialmente desde 2020, demonstra uma crescente preocupação com nutrição, saúde e bem-estar. Em 2021, de acordo com informações da Innova, os lançamentos globais de bebidas esportivas à base de proteínas vegetais corresponderam a 36% do total.

A proteína derivada de ervilha se destaca como uma fonte crucial no desenvolvimento dessas bebidas, ganhando destaque no mercado. A Ingredion, líder mundial em soluções de ingredientes, disponibiliza uma proteína de ervilha exclusiva, reconhecida por sua versatilidade e excelente perfil sensorial.

Para atender à demanda crescente, a Ingredion introduziu o VITESSENCE® Pulse 1853 no mercado brasileiro em 2023. Com pelo menos 84% de proteína de ervilha concentrada para shakes proteicos, o produto oferece uma formulação inovadora, com baixo potencial alergênico, rótulos claros, sabores puros e uma textura agradável, especialmente na opção de chocolate.

Yali Bio desenvolve gordura com base em fermento inspirado no leite materno

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A Yali Bio, uma empresa emergente de biotecnologia sediada nos EUA, introduziu uma réplica idêntica da gordura do leite materno humano, conhecida como OPO, produzida por meio de leveduras.

O objetivo é melhorar a composição nutricional das fórmulas infantis. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 130 milhões de bebês são alimentados com fórmula infantil, pelo menos em parte.

O OPO, cujo nome científico é 1,3-dioleolil-2-palmitato, ocorre naturalmente em concentrações elevadas no leite materno e desempenha um papel crucial na absorção de nutrientes e na saúde geral dos bebês. A empresa destaca que ainda não há uma fonte economicamente viável de OPO para fórmulas infantis amplamente disponível, e a maioria dos produtos utiliza gorduras derivadas de óleos vegetais ou leite de vaca, que não possuem os níveis ideais dessa gordura nutritiva. Para impulsionar a pesquisa e o desenvolvimento do OPO, a Yali Bio recebeu suporte do Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos EUA.

Além disso, a Yali Bio anunciou a contratação do Dr. Lorin DeBonte como Vice-Presidente Sênior de Inovação, responsável pelo avanço do OPO e outros produtos. Dr. DeBonte possui vasta experiência em alimentos, ingredientes e genética de culturas, tendo liderado projetos de P&D na Cargill e acumulado mais de 100 patentes. Esta nomeação segue a recente contratação do Dr. Don DiMasi como Vice-Presidente Sênior de Engenharia e Biorrefinaria, focado na expansão das gorduras sem uso de animais da Yali Bio.

Fundada em 2021, a Yali Bio desenvolve lipídios e gorduras para a indústria baseada em plantas usando leveduras, fermentação de precisão e matérias-primas neutras em carbono. No ano passado, a empresa captou $3,9 milhões em uma rodada inicial liderada pela Essential Capital, totalizando $5 milhões em captações. Suas gorduras já foram utilizadas para criar alternativas mais sustentáveis e livres de animais em produtos como leite, sorvete, manteiga e foie gras. O CEO da Yali Bio, Dr. Yulin Lu, enfatizou que a empresa está em um ponto crucial de crescimento, evoluindo de uma plataforma inovadora para um negócio pronto para atender diversos mercados na alimentação e nutrição.

Carnes vegetais são consumidas mensalmente por 26% dos brasileiros das classes ABC

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21% estão buscando reduzir o consumo de produtos de origem animal, adotando uma abordagem flexitariana na alimentação

A crescente preocupação com saúde e sustentabilidade está influenciando as escolhas alimentares no Brasil, tanto no comércio varejista quanto nos serviços de alimentação. Conforme um estudo recente do Good Food Institute Brasil (GFI Brasil), 26% dos brasileiros das classes ABC, de todas as regiões do país, consomem produtos à base de carne vegetal pelo menos uma vez por mês. Além disso, 21% estão optando por reduzir o consumo de alimentos de origem animal, adotando uma dieta flexível.

O estudo intitulado “Olhar 360° sobre o Consumidor Brasileiro e o Mercado Plant-based 2023/2024”, realizado com 2 mil participantes, como informado pelo GFI Brasil, reflete uma evolução nos padrões alimentares no Brasil. O aumento na adoção de opções vegetais é motivado não só por preocupações com a saúde, mas também pelos altos custos das carnes de origem animal.

Segundo o GFI Brasil, nos últimos 12 meses, 36% dos brasileiros diminuíram o consumo de carne vermelha. Dentre eles, 38% mencionaram motivos relacionados à saúde como principal razão para essa mudança, enquanto 35% apontaram os custos elevados como fator determinante. Outros aspectos citados incluem melhoria na digestão (30%), redução do colesterol (25%) e perda de peso (22%), variando conforme o perfil dos consumidores. Por exemplo, 40% dos onívoros destacaram o aumento do preço da carne como motivo, ao passo que 48% dos flexitarianos priorizaram a saúde.

A pesquisa também revela que 66% dos entrevistados se consideram onívoros, consumindo tanto produtos de origem animal quanto vegetal regularmente. No entanto, 34% dos consumidores impõem restrições ao consumo de produtos de origem animal, com 21% reduzindo, mas não eliminando completamente, o consumo de carne, 8% sendo pescetarianos, e 5% se identificando como veganos ou vegetarianos.

Em relação a esse grupo, 21% estão reduzindo gradualmente o consumo de carne, sem eliminá-lo completamente, enquanto 8% são pescetarianos e 5% se identificam como veganos ou vegetarianos. Em termos de substituição de carne, 26% dos entrevistados consomem carnes vegetais pelo menos uma vez por mês como alternativa à carne animal. Quando se trata de alternativas vegetais para leite e seus derivados, esse número sobe para 48% dos brasileiros que consomem esses produtos pelo menos uma vez ao mês.

Quanto ao consumo de substitutos de carne, 26% dos entrevistados consomem carne vegetal pelo menos uma vez por mês como alternativa à carne animal. Quando se trata de alternativas vegetais a leite e derivados, esse número sobe para 48% dos brasileiros consumindo esses produtos mensalmente.

O estudo também ressalta a importância das mulheres nas decisões alimentares em casa: 81% das entrevistadas afirmaram ser as principais responsáveis pela seleção do cardápio, 82% pela gestão da cozinha e 81% pelas compras de ingredientes. Em contrapartida, entre os homens, esses percentuais são consideravelmente menores: 56%, 50% e 69%, respectivamente.

Quanto ao futuro dos produtos à base de plantas no Brasil, apesar dos ovos serem o substituto mais mencionado por aqueles que reduziram o consumo de carne (com 69% das menções), os flexitarianos mostram uma tendência maior para diversificar suas escolhas, incluindo uma ampla variedade de vegetais como legumes, verduras e grãos.

As carnes vegetais análogas, que replicam o sabor, textura e aparência da carne animal, são adotadas por 8% dos consumidores que reduziram o consumo de carne no último ano, enquanto 7% preferem as carnes vegetais não análogas. Embora 52% dos entrevistados avaliem positivamente as carnes vegetais análogas, apenas 18% já experimentaram esses produtos, evidenciando um grande potencial de crescimento para essa categoria.

Quanto aos desafios e oportunidades, Camila Lupetti, especialista em dados do GFI Brasil e coautora do estudo, ressalta a necessidade de aprimorar a disponibilidade e a uniformidade dos produtos de carne vegetal no mercado. Ela sublinha a importância de comunicar de maneira clara os benefícios desses produtos para atrair novos consumidores e criar apoiadores da categoria em seus círculos sociais.

Assim, mesmo com a preferência marcante dos brasileiros pela carne tradicional, as carnes vegetais estão sendo bem aceitas, o que aponta para um potencial promissor no mercado futuro.

Avanços da Naveia no mercado brasileiro de leites vegetais

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A Naveia, fundada com o objetivo de aprimorar o sabor dos leites vegetais, superou os desafios iniciais enfrentados pelas bebidas anteriores.

Atualmente, o leite de aveia da empresa se tornou parte do cotidiano dos brasileiros, principalmente no tradicional café com leite.

Alexandra Soderberg, co-fundadora e CMO da Naveia, destaca que os leites vegetais anteriores não conseguiam proporcionar uma experiência agradável quando misturados com café. Eles ficavam aguados, coalhavam e não se comparavam ao sabor do leite de vaca. No entanto, o leite de aveia da Naveia resolveu esse problema, oferecendo uma experiência sem comprometer o sabor e a textura.

No dia 20 de junho, Alexandra participará do Fórum ESG da Arena Fispal Tec, no painel “Sustentabilidade no Prato: Inovação nos Alimentos, Transformando-os em Opções Saudáveis, Saborosas e Amigas do Meio Ambiente”. O painel também contará com Alexandre Novachi, diretor da ABIA, e Luiz Carlos Demattê, CEO da Korin Alimentos, com moderação de Viviane Cremaschi Lima, do SENAI Instituto de Tecnologia.

Alexandra destaca que o leite de aveia está se tornando mais acessível, com a diferença de preço em relação ao leite de vaca diminuindo devido à concorrência e à escala de produção. Apesar dos impostos mais altos sobre o leite vegetal, a adesão ao leite de aveia tem crescido, especialmente entre as classes mais baixas, devido à busca por produtos sem lactose e de origem vegetal.

Setor plant-based

O mercado plant-based brasileiro está em desenvolvimento, e a Naveia lidera o segmento de leite vegetal em muitos supermercados. Além do leite de aveia, a empresa ampliou sua linha de produtos, incluindo chantilly de aveia e creme de cacau e avelã.

A Naveia investe continuamente em pesquisa e desenvolvimento para trazer o que há de melhor em tecnologia de alimentos para o Brasil. A empresa foi pioneira na introdução da tecnologia de enzimação da aveia no país e continua a aperfeiçoar seus produtos de forma sustentável e saudável.

A inovação e a sustentabilidade são pilares da Naveia no mercado de leites vegetais. A tecnologia de enzimação da aveia, importada da Suécia, garante um produto saboroso e de alta performance, especialmente em aplicações como o café com leite. O leite de aveia também está ganhando espaço em cafeterias, onde baristas preferem sua capacidade de vaporização e criação de latte art.

Apesar dos desafios, como a alta tributação, a Naveia continua a se destacar pela qualidade e inovação. A empresa busca constantemente aprimorar seus processos e produtos para atender às necessidades do mercado em evolução, transformando o setor de alimentos e bebidas com alternativas viáveis e saborosas.

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